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Dólar pode tirar R$ 1,8 bilhão das vendas de Natal

Para a Abinee, a desvalorização cambial é o principal fator que gerou aumento de custos de componentes e matérias-primas

Compras no futuro serão afetadas pelo posicionamento atual das marcas (Valter Campanato/Agência Brasil)

Compras no futuro serão afetadas pelo posicionamento atual das marcas (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2020 às 08h10.

Para 75% das empresas, a desvalorização cambial é o principal fator que gerou aumento de custos de componentes e matérias-primas, segundo sondagem de agosto da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que reúne os fabricantes de equipamentos e componentes elétricos, para diversos setores industriais.

"Ninguém esperava a volta tão rápida da atividade, e os fornecedores estrangeiros aumentaram os preços", segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato. Ele diz que os aumentos para resina plástica e cobre variam entre 30% e 40%.

Na indústria química, a história se repete. Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia da Abiquim, também se surpreendeu com a velocidade da recuperação. A indústria química é base de inúmeras cadeias de produção. "Não é só recomposição de estoques, tem aumento real da demanda, mas não sabemos se é sustentável."

A escassez de insumos, como aço, cobre e embalagens, inclusive de papelão, preocupa fabricantes de eletrodomésticos, eletrônicos de consumo e químicos. Indústrias de porte médio, com menor poder de negociação, são as que mais sentem a falta de insumos. "Há fabricantes de linha branca e portáteis que podem parar até o fim do mês por falta de insumos", alerta o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento.

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