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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h26.
O nervosismo de mercado financeiro se manteve no encerramento dos negócios desta quinta-feira (06/06). O dólar, em forte alta, fechou em 2,66 reais (preço de venda) e a Bolsa de Valores de São Paulo registrou movimento negativo de 3,79%.
O risco-país teve alta de quase 8% em relação a ontem e alcançou 1208 pontos. O índice, apurado pelo banco JP Morgan, procura apontar se os países emergentes estão com a economia em ordem e com fôlego financeiro para pagar suas dívidas.
O quadro de incertezas e pressão no câmbio faz o mercado desconfiar que o Brasil terá dificuldades de renovar sua dívida. Com isso, o C-Bond, principal título da dívida brasileira, entrou em queda e chegou a ser negociado por US$ 0,66 nesta quinta-feira. Em fevereiro, quando houve o corte dos juros pelo Copom, e todos estavam otimistas com o futuro da economia brasileira, o papel estava cotado acima de US$ 0,80.
No início do dia, a expectativa do mercado era de melhora no comportamento do câmbio -- depois do esforço do governo que conseguiu aumentar em 5 milhões de dólares o saldo da venda de títulos da dívida pública. "Esse fato fez com que o mercado apostasse na freada da cotação do dólar", afirma um analista de São Paulo.
Segundo ele, o nervosismo foi mantido hoje principalmente porque começaram as conversas entre os bancos para o ajuste de suas carteiras. "Se só os fundos chegaram a apresentar prejuízos de até 5%, imagino que o restante das carteiras também sofrerá perdas significativas", diz. O desempenhos dos bancos na Bolsa de Valores de São Paulo acompanhava esse raciocínio às 16 horas. Bradesco estava em queda de 3,19%, Itaú de 5,25% e Banco do Brasil de 8,22%.
A baixa da Bovespa também pode ser explicada pela queda dos mercados americanos. A Nasdaq fechou em queda de 2,53% índice Dow Jones em queda de 1,76%.