Dólar: às 9h05, a moeda norte-americana caía 0,26%, a 2,3378 reais na venda (Bruno Domingos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2014 às 12h23.
São Paulo - O dólar tinha leve queda ante o real nesta terça-feira, ensaiando um ajuste após seis sessões consecutivas de alta, mas investidores relutavam em fazer grandes operações antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, e de novas pesquisas eleitorais no Brasil.
Também ajudava na cautela a possibilidade de o Banco Central brasileiro aumentar suas atuações no câmbio.
Às 12h08, a moeda norte-americana caía 0,23 por cento, a 2,3384 reais na venda, após acumular alta de 4,66 por cento nos últimos seis pregões. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 25 milhões de dólares, baixo para o horário.
"Hoje, o dólar está preso tanto para cima quanto para baixo", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.
"Todo mundo acha que se (o dólar) firmar acima de 2,35 reais, o BC entra. Mas também não tem muito espaço para cair, por causa do Fed e das eleições", explicou.
Na quarta-feira, o banco central dos Estados Unidos anuncia sua decisão de política monetária e, em seguida, a chair Janet Yellen dará entrevista coletiva.
Investidores esperam mais pistas sobre se os juros começarão a subir na maior economia do mundo antes do esperado, o que tenderia a atrair aos EUA recursos atualmente aplicados em outros países.
No Brasil, pesavam também pesquisas que mostraram recentemente a presidente Dilma Rousseff (PT) ganhando terreno e empatando tecnicamente com Marina Silva (PSB) nas eleições presidenciais.
O mercado prefere a vitória de Marina, em meio a críticas sobre a condução da política econômica do atual governo.
Na noite passada, foi divulgado levantamento do Vox Populi, mostrando estabilidade nas intenções de voto, com 42 por cento para Marina e 41 por cento para Dilma no segundo turno. E nova pesquisa Ibope deve ser divulgada nesta noite.
Esses fatores levaram o dólar a ultrapassar o patamar de 2,35 reais durante as duas últimas sessões, alimentando expectativas de que o BC intensifique suas atuações no câmbio para evitar impactos inflacionários.
Na sexta-feira, uma importante fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que o BC poderá aumentar a rolagem de swaps cambiais com o objetivo de reduzir a volatilidade atual do mercado, mas que os leilões com as rações diárias não mudam neste ano.
Por enquanto, o BC não mudou seu ritmo, vendendo a oferta de até 6 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem nesta manhã. Até agora, o BC rolou cerca de 31 por cento do lote total, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares.
Pela manhã, o BC também vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume correspondente a 197,9 milhões de dólares. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015.
Atualizado às 12h23