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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h25.
O dólar reverteu a tendência de alta que registrou na abertura do pregão e fehcou com queda de 3,1% a R$ 3,75. A alta matinal, no entanto, garantiu, mais uma vez, a quebra de novo recorde do Plano Real a R$ 3,96.
A mudança de rumo no humor do câmbio só ocorreu depois que o mercado garantiu uma média de cotações elevada, número que servirá de base para o vencimento dos títulos cambiais nesta terça-feira.
Para evitar uma disparada desenfreada do dólar, o Banco Central também atuou com força na venda de moeda no mercado à vista. Agiu logo no final da manhã, comportamento que o BC só costuma adotar no fim da tarde para evitar disparadas da moeda americana.
A reunião diária de comitê de um grande banco de varejo foi dominada pela sensação de que não há mais nada para fazer exceto esperar a confirmação da vitória de Lula no primeiro turno. O grande problema, disse um participante dessa reunião, é que não é possível traçar, hoje, nenhuma estratégia de investimentos partindo dessa premissa.
Eleição e dívida cambial
Novas pesquisas Datafolha e Vox Populi mostram crescimento de Lula, do PT, e estabilidade, com tendência de queda, de José Serra, do PSDB. Tudo que o mercado precisava para ver seu receio de vitória de Lula ainda mais concreto. Segundo Datafolha, Lula precisa de apenas 1 ponto percentual para vencer a eleição em 6 de outubro.
Mas nem só de eleições vive a especulação do mercado financeiro. Vence nesta terça-feira mais US$ 1,2 bilhão em títulos cambiais que o Banco Central promete liquidar em reais. A leitura do mercado: era preciso puxar a alta do dólar - o que foi feito até o meio da manhã - para ganhar mais dinheiro do governo amanhã.