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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h25.
A tensão que começou na sexta-feira prosseguiu nesta segunda no mercado financeiro. O dia foi bastante agitado, e o dólar fechou no nível mais alto desde novembro do ano passado, a 2,52 reais, uma alta de 2,15% em relação à sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo seguiu no sentido inverso: o índice Bovespa fechou a 12.002 pontos, queda de 1,06% em relação à sexta-feira, em um dia de volume fraco.
O dia até que começou bem. Os investidores se animaram logo cedo com a divulgação de uma levíssima queda nos preços na cidade de São Paulo e com declarações do presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), vinculada à Universidade de São Paulo, informou que os preços recuaram 0,03% na primeira quadrissemana de maio, abaixo das expectativas do mercado. Já Fraga afirmou, logo cedo, que a desaceleração da economia poderia levar a uma queda dos juros.
No início da tarde, porém, os investidores resolveram voltar sua atenção para o cenário político, que permanece ruim. Além do crescimento da candidatura Luis Inácio Lula da Silva na preferência do eleitorado, o mercado financeiro passou a prestar mais atenção à demora na aprovação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) e na rejeição, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de dois pontos cruciais na Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o mercado, a demora na votação da CPMF poderá provocar um buraco de 10 bilhões de reais nas contas do governo. Isso pode facilmente deteriorar as expectativas dos investidores e levar a uma pesada fuga de dólares do país.