Economia

Doação de térmica está travada por pendência, diz Braga

Pendências com a Receita Federal estão travando a doação da térmica Rio Madeira para a Bolívia, segundo o ministro de Minas e Energia


	Eduardo Braga: ministro disse ser favorável à doação da usina, acordada pela presidente Dilma diretamente com o presidente da Bolívia, Evo Morales
 (Agência Brasil)

Eduardo Braga: ministro disse ser favorável à doação da usina, acordada pela presidente Dilma diretamente com o presidente da Bolívia, Evo Morales (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 18h10.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta terça-feira, 31, que a doação da usina térmica Rio Madeira para a Bolívia ainda não foi realizada devido a pendências com a Receita Federal.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ministro disse que a Receita Federal quer cobrar em impostos mais do que o custo da reforma, transporte e montagem da usina na Bolívia, estimados em R$ 60 milhões.

O ministro disse ser favorável à doação da usina, acordada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2011 diretamente com o presidente da Bolívia, Evo Morales.

"Enquanto não resolvermos esse problema tributário com a Receita, não temos como avançar. Eu gostaria que a Receita desse prosseguimento a essa questão", afirmou, em entrevista exclusiva ao Broadcast. "Não tem por que a Eletronorte pagar tributos sobre uma máquina que tem mais de 20 anos e que terá de ser reformada. Depois de dez anos, o equipamento está mais do que depreciado", acrescentou.

O governo já transferiu R$ 60 milhões para reforma, doação e transporte da usina térmica Rio Madeira, que pertence à Eletronorte, uma das empresas do grupo Eletrobras. Inaugurada em 1989, ela foi uma das responsáveis por abastecer os Estados de Rondônia e Acre por 20 anos. Com potência de 90 megawatts, o empreendimento fica em Porto Velho (RO) e é capaz de fornecer energia para uma cidade de 700 mil habitantes.

Segundo fontes, a usina precisa passar por uma "recauchutagem geral" para entrar novamente em operação. Antes de doá-la, a Eletronorte vai converter a usina para gás natural, combustível abundante na Bolívia. A doação faz parte dos compromissos bilaterais assumidos entre os dois países.

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