Economia

Dívidas renegociadas evitam maior aumento da inadimplência

Segundo relatório divulgado pelo BC, um pico da chamada reestruturação de dívida em junho contribuiu para reduzir a inadimplência no encerramento do semestr


	Casal faz contas: o fluxo mensal de reestruturações de dívidas vem crescendo desde o último trimestre de 2015
 (AndreyPopov/Thinkstock)

Casal faz contas: o fluxo mensal de reestruturações de dívidas vem crescendo desde o último trimestre de 2015 (AndreyPopov/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 11h05.

Em cenário de queda da economia, do aumento do desemprego e da alta da inflação, as renegociações de dívidas têm ajudado a impedir um aumento maior da inadimplência.

Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado hoje (15) pelo Banco Central (BC), houve um pico da chamada reestruturação de dívida em junho deste ano, o que contribuiu para reduzir a inadimplência no encerramento do semestre.

Segundo o BC, se não fossem as operações de reestruturação de dívidas, a inadimplência teria um aumento de 0,9 ponto percentual, encerrando o semestre em 4,4%.

O BC explica que as reestruturações de dívidas são um subconjunto das renegociações, em que o tomador enfrenta dificuldades financeiras para honrar seus compromissos, e a instituição financeira faz concessões, relativamente às condições de pagamento, que não faria em condições normais de mercado, com o objetivo de reduzir perdas.

As reestruturações são estimadas pelo BC, que identifica as operações vencidas e convertidas em operações a vencer, sem pagamento integral dos valores em atraso.

De acordo com o relatório, o fluxo mensal de reestruturações de dívidas vem crescendo desde o último trimestre de 2015 e estão sendo adotadas em todas as modalidades de crédito, mas com maior intensidade nas operações de financiamento imobiliário. O BC também destaca os financiamentos de veículos e cartão de crédito.

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