Dívida pública: Tesouro resgatou R$ 6,33 bilhões a mais do que emitiu, por causa do elevado volume de títulos prefixados que vencem no primeiro mês de cada trimestre (Mario Tama/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 30 de maio de 2018 às 15h54.
Mesmo com o significativo vencimento de títulos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu 0,61% em abril e fechou o mês passado em R$ 3,659 trilhões. Os números foram divulgados hoje (30) pelo Tesouro Nacional.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) Interna (DPMFi), em circulação no mercado nacional, subiu 0,48%, passando de R$ 3,507 trilhões para R$ 3,524 trilhões.
No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 6,33 bilhões a mais do que emitiu, por causa do elevado volume de títulos prefixados que vencem no primeiro mês de cada trimestre. No entanto, o estoque subiu por causa da apropriação de juros, que somou R$ 23,78 bilhões.
A apropriação de juros representa o reconhecimento gradual das taxas que corrigem os juros da dívida pública. As taxas são incorporadas mês a mês ao estoque da dívida, conforme o indexador de cada papel.
A forte alta do dólar, no entanto, fez a Dívida Pública Externa subir 4,02% em abril. O estoque passou de R$ 120,72 bilhões para R$ 134,09 bilhões, motivado principalmente pela alta de 4,73% ocorrida no mês passado.
Apesar da alta em abril, a DPF continua abaixo das previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, divulgado no fim de janeiro, a tendência é que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.