Economia

Dívida pública federal sobe 0,85% em março, diz Tesouro

O órgão teve emissão líquida de R$ 1,2 bilhão no mês e informou que realizou emissões acima da média dos últimos 12 meses

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública subiu levemente em março, com acréscimo de R$ 8,64 bilhões (Adriano Machado/Reuters)

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública subiu levemente em março, com acréscimo de R$ 8,64 bilhões (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de abril de 2021 às 17h14.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 0,85% em março e fechou em R$ 5,242 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Tesouro Nacional. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 5,198 trilhões.

Houve uma emissão líquida de R$ 1,2 bilhão, o que significa que o Tesouro vendeu mais títulos para se financiar no mercado do que resgatou papéis já emitidos. Ao todo, foram emitidos R$ 164,77 bilhões e resgatados R$ 163,534 bilhões.

"O Tesouro Nacional realizou emissões, em março, acima da média dos últimos 12 meses, contribuindo para suprir a necessidade de financiamento do Governo Federal e para manter o caixa acima do limite prudencial", informou o órgão.

A correção de juros no estoque da DPF, por sua vez, foi de R$ 42,76 bilhões no mês passado.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,74% em março e fechou o mês em R$ 4,987 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,04% maior no mês, somando R$ 255,46 bilhões ao fim do mês passado.

Composição

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu em março, para 34,67%. Em fevereiro, estava em 34,36%. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, ficaram com uma fatia menor, passando de 34,82% para 33,78%.

Os títulos remunerados pela inflação subiram para 26,38% do estoque da DPF em março, ante 25,78% em fevereiro. Os papéis cambiais tiveram aumento na participação na DPF de 5,05% para 5,17% em março.

Os papéis remunerados pela Selic e os prefixados estão desenquadrados das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF). O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos atrelados à taxa básica de juros em 2020 vai de 28% a 32%.

Para os prefixados, o intervalo é de 38% a 42%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 24% a 28% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

 

 

12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 25,94% em fevereiro para 27,78% em março, informou o Tesouro Nacional. Nesse período, vão vencer R$ 1,456 trilhão em títulos da dívida.

O prazo médio da dívida pública federal, por sua vez, aumentou de 3,61 anos em fevereiro para 3,63 anos em março.

O custo médio da DPF em 12 meses até março continuou caindo e atingiu 7,64% ao ano em março, contra 8,11% em fevereiro.

O custo médio das novas emissões, porém, teve aumento na passagem do mês, de 4,73% ao ano para 4,83% ao ano no mês passado.

Estrangeiros

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública subiu levemente em março, com acréscimo de R$ 8,64 bilhões em papéis da dívida interna nas mãos desses detentores no mês. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,43% em fevereiro para 9,54% no mês passado.

O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 475,66 bilhões em março.

A maior participação no estoque da DPMFi, por sua vez, segue com instituições financeiras, que detêm 31,07% da DPMFi, segundo a posição de março. O estoque nas mãos dessas instituições está em R$ 1,549 trilhão.

Já os fundos de investimentos resgataram recursos e perderam participação (de 25,14% para 24,10%). O estoque é de R$ 1,201 trilhão.

O grupo Previdência aumentou a participação, de 22,68% para 25,70% de um mês para o outro, com um estoque de papéis praticamente estável.

 

 

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