Economia

Dívida pública federal cresce 1,15% em março, divulga Tesouro

No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve elevação de 0,87 por cento, a 3,764 trilhões de reais

Tesouro Nacional: dívida pública federal do Brasil cresceu 1,15 por cento em março sobre fevereiro (Stock.xchng/ Afonso Lima/Reprodução)

Tesouro Nacional: dívida pública federal do Brasil cresceu 1,15 por cento em março sobre fevereiro (Stock.xchng/ Afonso Lima/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 26 de abril de 2019 às 10h33.

Última atualização em 26 de abril de 2019 às 11h01.

Brasília — A dívida pública federal do Brasil cresceu 1,15 por cento em março sobre fevereiro, a 3,918 trilhões de reais, divulgou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira, num mês marcado pela emissão externa de títulos soberanos.

Para o ano, a meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) é de um estoque da dívida entre 4,1 trilhões a 4,3 trilhões de reais.

A dívida pública mobiliária interna teve elevação de 0,87 por cento nessa base de comparação, a 3,764 trilhões de reais, afetada pela emissão líquida de 2,94 bilhões de reais e pela apropriação positiva de juros de 29,69 bilhões de reais.

Por sua vez, a dívida externa sofreu uma elevação de 8,3 por cento, fechando o mês em 153,7 bilhões de reais.

Em março, o governo brasileiro emitiu 1,5 bilhão de dólares num novo título de 10 anos, o Global 2029, com rendimento de 4,7 por cento ao ano, na primeira investida no mercado internacional de renda fixa em mais de um ano. [nL1N2181U2]

A emissão teve cupom de 4,5 por cento e spread de 215,8 pontos-base acima dos Treasuries, títulos do Tesouro norte-americano. Este foi o menor spread desde a perda de grau de investimento do Brasil, em setembro de 2015, reiterou o Tesouro nesta sexta-feira, defendendo que isso demonstra o maior interesse dos investidores por ativos brasileiros.

"Essa emissão está em linha com a diretriz de atuação do Tesouro Nacional no mercado externo com vistas a consolidar a curva de juros externa em dólares por meio da criação e manutenção de pontos de referência líquidos. Assim, o novo título representa uma referência adicional para captações de empresas brasileiras no exterior", afirmou.

Composição

Em março, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na dívida, embora tenham visto essa fatia cair a 35,86 por cento do total, sobre 37,01 por cento em fevereiro. Para o ano, a meta é de 38 a 42 por cento.

Já os títulos prefixados avançaram a 32,01 por cento da dívida, ante 31,30 por cento no mês anterior, e uma meta de 29 a 33 por cento para 2019.

Enquanto isso, os papéis indexados à inflação aumentaram sua representatividade a 28,01 por cento da dívida total, ante 27,85 por cento em fevereiro, sendo que a referência para este ano é de 24 a 28 por cento.

O Tesouro também informou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna cresceu a 12,24 por cento em março, sobre 12,18 por cento em fevereiro.

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