Economia

Dívida pública federal cai em mês marcado por forte queda do dólar

Dívida pública federal do Brasil caiu 0,44 por cento em outubro sobre setembro, a 3,763 trilhões de reais

Tesouro Nacional: dívida pública federal do Brasil caiu 0,44 por cento em outubro (Reprodução/AFP)

Tesouro Nacional: dívida pública federal do Brasil caiu 0,44 por cento em outubro (Reprodução/AFP)

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Reuters

Publicado em 26 de novembro de 2018 às 10h43.

Brasília - A dívida pública federal do Brasil caiu 0,44 por cento em outubro sobre setembro, a 3,763 trilhões de reais, num mês marcado por forte queda do dólar após o resultado das eleições presidenciais, que levou à diminuição da dívida externa, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.

Com o movimento, a dívida total se distanciou da meta estabelecida para 2018 pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), de 3,78 trilhões a 3,98 trilhões de reais, após ter encostado no limite inferior da banda no mês anterior.

No período, a dívida pública mobiliária interna teve redução de 0,17 por cento -- ou 6 bilhões de reais -- a 3,622 trilhões de reais, em função do resgate líquido de 32,81 bilhões e apropriação positiva de juros de 26,54 bilhões de reais.

Já a dívida externa teve uma contração de 6,73 por cento em outubro sobre setembro, equivalente a 11 bilhões de reais, num mês em que o dólar apresentou queda de 7,79 por cento. Este foi o maior recuo percentual da moeda norte-americana sobre o real desde junho de 2016, com o resultado da corrida presidencial brasileira levando a moeda para o patamar de 3,70 reais.

Os investidores entraram num período de lua de mel com o governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL), fiando-se na possibilidade da superpasta chefiada pelo liberal Paulo Guedes englobando Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) conseguir ir adiante com reformas fiscais e de modernização da economia.

Quanto à composição, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, seguiram respondendo pela maior fatia da dívida geral, a 35,27 por cento, acima do patamar de 34,08 por cento em setembro, mas dentro da faixa de 33 a 37 por cento estabelecida como meta para o ano.

Enquanto isso, os títulos prefixados foram a 32,51 por cento do total, sobre 33,88 por cento no mês anterior e uma meta de 32 a 36 por cento para o ano.

Os papéis indexados à inflação, por sua vez, viram sua fatia aumentar a 28,31 por cento, ante 27,84 por cento em setembro, sendo que a referência para 2018 é de 27 a 31 por cento.

A participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna subiu a 11,97 por cento em outubro, ante 11,67 por cento um mês antes, apontou ainda o Tesouro.

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