Economia

Dívida Pública Federal aumenta 7,59% em 2012

A dívida ultrapassou a marca dos R$ 2 trilhões


	O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin: mesmo assim, a dívida está dentro do estimado no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin: mesmo assim, a dívida está dentro do estimado no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 11h10.

Brasília - A Dívida Pública Federal (DPF) registrou aumento de 7,59% em 2012, passando para R$ 2,008 trilhões, informou hoje (5) o Tesouro Nacional. São mais R$ 141,6 bilhões incorporados à dívida no ano em comparação a 2011.

Só de novembro para dezembro, a dívida nominal cresceu 2,18%. Essa variação se deve à emissão líquida no valor de R$ 25,58 bilhões e à incorporação de juros à dívida, no valor de R$ 17,19 bilhões. O reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a dívida) é incorporada gradualmente ao valor devido.

Mesmo ultrapassando a casa dos R$ 2 trilhões, a dívida está dentro do estimado no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012, que prevê um estoque da dívida em mercado entre R$ 1, 950 trilhão e R$ 2,05 trilhões.

Os dados do Tesouro mostram ainda que o estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPFi), que são títulos públicos, foi ampliado em 2,38% de novembro para dezembro, ao passar de R$ 1,872 trilhão para R$ 1,916 trilhão, com emissão líquida de títulos no valor de R$ 25,62 bilhões e a apropriação de juros no valor de R$ 18,86 bilhões.


O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), na mesma comparação, teve redução de 1,84% sobre o valor apurado em novembro, fechando dezembro em R$ 91,28 bilhões (US$ 44,67 bilhões), sendo R$ 78,19 bilhões (US$ 38,27 bilhões) referente à dívida mobiliária (em títulos) e R$ 13,08 bilhões (US$ 6,4 bilhões), à dívida contratual.

A participação dos papéis prefixados (que têm a taxa de juros definida no momento da emissão) na dívida interna aumentou de 40,79% em novembro para 41,18% em dezembro. A fatia dos títulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia) caiu de 23,17% para 22,76% de novembro para dezembro.

No mesmo período, a participação dos títulos corrigidos pela inflação teve leve alta, de 35,44% para 35,48%. A parcela da dívida interna vinculada ao câmbio, no entanto, apresentou ligeira queda, de 0,6% para 0,57%.

O Tesouro Nacional tem usado, em grande parte, os títulos prefixados ao renegociar a dívida (rolagem) porque as taxas são definidas no momento da venda dos papéis e com isso consegue maior previsibilidade na administração da dívida pública. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque podem pressionar a dívida quando os valores são elevados.

O prazo médio da DPF caiu de 3,99 para 3,97 anos. O Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaTesouro Nacional

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições