Economia

Dívida pública federal atinge R$ 3,24 tri em abril, diz Tesouro

Dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional e representam uma alta de 0,32% na comparação com março

Dívida pública federal: parcela da dívida a vencer em 12 meses subiu de 16,16% em março para 16,45% em abril (./Thinkstock)

Dívida pública federal: parcela da dívida a vencer em 12 meses subiu de 16,16% em março para 16,45% em abril (./Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de maio de 2017 às 10h51.

Última atualização em 24 de maio de 2017 às 10h51.

Brasília - O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 0,32% em abril, quando atingiu R$ 3,244 trilhões.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pelo Tesouro Nacional. Em março, o estoque estava em R$ 3,234 trilhões.

A variação se deveu à correção de juros no estoque da DPF de R$ 23,61 bilhões naquele mês. Além disso, houve resgate líquido de R$ 13,25 bilhões em abril.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,30% e fechou o mês passado em R$ 3,123 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,81% maior, somando R$ 121,8 bilhões no quarto mês do ano (US$ 37,92 bilhões).

12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 16,16% em março para 16,45% em abril, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,54 anos para 4,56 anos na mesma base de comparação.

Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 11,72% ao ano em março para 11,57% ao ano no mês passado.

Prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 34,86% em março para 33,95% em abril, informou o Tesouro Nacional. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, aumentaram a fatia de 29,32% para 29,99% na mesma base de comparação.

No início do ano, o Tesouro anunciou as novas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF), incorporando uma estratégia de emitir mais LFTs - título pós-fixado com rentabilidade atrelada à variação da taxa Selic - devido à disposição do órgão em assumir "um pouco mais de risco", tendo como contrapartida a redução do custo.

A mudança também incluiu as metas de longo prazo, com alta de 15% para 20% no porcentual de LFTs a ser perseguido para que seja alcançado o chamado "perfil ótimo".

A mudança ocorre num momento de flexibilização da política monetária e busca da consolidação do ajuste fiscal.

O aumento da parcela dos títulos atrelados à taxa flutuante também considerou a avaliação do Tesouro que a venda desses títulos, com prazos maiores de vencimento, é melhor do ponto de vista de custo e risco da dívida do que os prefixados de curto prazo.

Índice de Preços

Em abril, os títulos remunerados pela inflação subiram para 32,20% do estoque da DPF, ante 31,97% em março. Os papéis atrelados ao câmbio, por sua vez, aumentaram a participação na DPF de 3,85% em março para 3,86% no mês passado.

Todos os papeis estão de acordo com o intervalo traçado nas novas metas do PAF. O objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2017 é manter a parcela de 32% a 36% da DPF, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 29% e 33%. No caso dos que têm índices de preços como referência, a meta é de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

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