Economia

Dívida pública deve aumentar em 2013, diz economista

A consequência, de acordo com Sílvia Matos, é um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano "não tão pujante quanto o governo esperava"


	"Se [o PIB] fechar em 2,7%, é um cenário muito otimista. É um crescimento mais baixo e com uma inflação elevada", afirmou a economista
 (Nacho Doce/Reuters)

"Se [o PIB] fechar em 2,7%, é um cenário muito otimista. É um crescimento mais baixo e com uma inflação elevada", afirmou a economista (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 17h29.

Rio - A economia do Brasil deverá registrar em 2013 um aumento da dívida pública líquida dos governos federal e dos Estados, projetou nesta segunda-feira, no Rio, a pesquisadora da área de Economia Aplicada e economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Sílvia Matos.

Sílvia deu uma palestra no Seminário Análise Conjuntural. A consequência, de acordo com ela, é um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano "não tão pujante quanto o governo esperava". Sílvia prevê uma piora da balança comercial diante da crise internacional.

"O cenário é desafiador para a economia brasileira. Do ponto de vista do cenário internacional, a expectativa é de uma modesta desaceleração nos Estados Unidos. Mas o que temos de ver com mais cuidado são as nossas questões internas. Parece que, ao longo dos próximos trimestres, o cenário pode não ser tão bom", disse.

A pesquisadora da área de Economia Aplicada e economista do Ibre, da FGV, projetou que o PIB não crescerá muito mais do que 2,5% em 2013. "Se fechar em 2,7%, é um cenário muito otimista. É um crescimento mais baixo e com uma inflação elevada. Temos limitações no mercado de trabalho. A dinâmica de inflação demonstra esse desequilíbrio", afirmou. Para a indústria, a expectativa é de uma recuperação moderada, enquanto o risco, segundo Sílvia, está no setor de serviços, que possui dificuldade com a expansão da produtividade.

A inflação deverá ficar na casa dos 6% neste ano, puxada, sobretudo, pelos preços de serviços, afirmou. A ajuda virá dos preços administrados. Também para 2014 a expectativa é de que a inflação se aproxime do teto da meta. Por isso, a pesquisadora disse acreditar na retomada da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC).

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