Economia

Dívida Pública cresce 1,6% em novembro, para R$ 3,49 tri

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 20, pelo Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 3,438 trilhões

Tesouro: as emissões de papéis totalizaram R$ 48,6 bilhões (Andre Popov/Thinkstock)

Tesouro: as emissões de papéis totalizaram R$ 48,6 bilhões (Andre Popov/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 11h06.

Brasília - O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,6% em novembro e chegou a R$ 3,493 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 20, pelo Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 3,438 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 25,7 bilhões em novembro. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 48,6 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 19,12 bilhões, o que resultou numa emissão líquida de R$ 29,48 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,83% e fechou o mês passado em R$ 3,371 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 4,46% menor, somando R$ 121,4 bilhões no penúltimo mês do ano.

12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 16,99% em outubro para 17,00% em novembro, segundo o Tesouro Nacional. Já o prazo médio da dívida caiu de 4,37 anos em outubro para 4,31 anos no mês passado.

O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,59% ao ano em outubro para 10,24% ao ano em novembro.

Prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 34,62% em outubro para 35,16% em novembro. Os papéis atrelados à Selic mantiveram a fatia, em 31,60%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 29,66% do estoque da DPF em novembro ante 29,97% em outubro. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 3,81% em outubro para 3,59% no mês passado.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano.

O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2017 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 29% a 33%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

Estrangeiros

Apesar do aumento no volume de compras, os estrangeiros diminuíram sua fatia no estoque de títulos do Tesouro Nacional em novembro. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 12,78% em outubro para 12,67% no mês passado, somando R$ 427,12 bilhões. Em outubro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 423,23 bilhões.

Os fundos de investimento continuam sendo os maiores detentores de papéis do Tesouro, com a participação se mantendo em 25,96% no mês passado. O grupo previdência aparece na sequência, com uma fatia que continuou em 25,37% em novembro.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 21,50% em outubro para 21,84% em novembro. Já as seguradoras tiveram recuo na participação de 4,03% para 4,02%.

Concentração

As emissões de papéis da DPMFi em novembro ficaram concentradas em títulos prefixados ou atrelados à taxa Selic, de acordo com dados do Tesouro Nacional. Foram emitidos R$ 48,6 bilhões em títulos no mês passado. Já os resgates foram feitos, quase na sua totalidade, em papéis atrelados à inflação.

Segundo o Tesouro, foram emitidos R$ 27,34 bilhões (56,25%) em títulos com remuneração prefixada. Outros R$ 12,15 bilhões (24,99%) foram ofertados em títulos indexados à taxa flutuante. Houve emissão de R$ 9,05 bilhões (18,62%) em papéis atrelados à inflação.

Por outro lado, houve resgate total de R$ 12,86 bilhões em títulos da dívida interna, sendo que os investidores resgataram R$ 12,02 bilhões (93,49%) em papéis atrelados à inflação. Os vencimentos efetivos do período totalizaram R$ 10,52 bilhões.

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