Dívida: no último mês, a dívida pública mobiliária interna avançou 3,31 por cento sobre maio, a 3,234 trilhões de reais (./Thinkstock)
Reuters
Publicado em 24 de julho de 2017 às 10h41.
Última atualização em 24 de julho de 2017 às 10h43.
Brasília - A dívida pública federal subiu 3,22 por cento em junho frente a maio, fechando o primeiro semestre a 3,358 trilhões de reais, divulgou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
Foi a quinta alta consecutiva registrada no estoque geral da dívida, que no entanto seguiu abaixo da faixa indicativa de 3,45 trilhões a 3,65 trilhões de reais estabelecida pelo Tesouro para 2017, conforme Plano Anual de Financiamento (PAF).
No último mês, a dívida pública mobiliária interna avançou 3,31 por cento sobre maio, a 3,234 trilhões de reais, devido à emissão líquida de 72,19 bilhões de reais e à apropriação positiva de juros de 31,31 bilhões de reais.
Já a dívida externa teve expansão de 0,91 por cento, a 123,99 bilhões de reais, diante da desvalorização do real no período. Num mês marcado pela continuidade da intensa crise política que atingiu o governo do presidente Michel Temer, o dólar fechou junho com elevação de 2,36 por cento sobre o real.
No tocante à composição, os títulos prefixados seguiram com maior peso na dívida total, com participação de 35,09 por cento, acima dos 34,97 por cento de maio e dentro do intervalo de 32 a 36 por cento para 2017 no âmbito do PAF.
Representados pelas LFTs, os títulos pós-fixados passaram a 30,85 por cento da dívida em junho, também acima dos 30,47 por cento do mês anterior. Para o ano, o Tesouro fixou uma participação de 29 a 33 por cento para os papéis.
Os títulos corrigidos pela inflação, por sua vez, viram sua representatividade cair a 30,25 por cento do total da dívida em junho, contra 30,66 por cento em maio. Para eles, o Tesouro também estabeleceu uma participação no ano de 29 a 33 por cento.
No mês, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna caiu a 12,90 por cento, sobre 13,42 por cento em maio.