Economia

Dívida do Brasil não chegará a 100% do PIB, diz Mansueto

Para secretário do Tesouro, dívida pública chegará a no máximo 90% do PIB e será necessário retomar reformas após crise do coronavírus

Mansueto Almeia, secretário do Tesouro: "O nível da dívida deve ficar entre 85% e 90% do PIB, mas no próximo ano, temos de retomar a agenda de reformas para que o País cresça e reduza esse peso da dívida na economia" (Adriano Machado/Reuters)

Mansueto Almeia, secretário do Tesouro: "O nível da dívida deve ficar entre 85% e 90% do PIB, mas no próximo ano, temos de retomar a agenda de reformas para que o País cresça e reduza esse peso da dívida na economia" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de abril de 2020 às 09h30.

Última atualização em 16 de abril de 2020 às 09h58.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que a dívida do Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) não ficará na faixa de 100% do PIB como alguns economistas têm estimado. Também afirmou que o "lockdown" pode ser menor que o esperado por esses especialistas, dizendo que é preciso avaliar o que dizem os profissionais da área da saúde.

"O nível da dívida deve ficar entre 85% e 90% do PIB, mas no próximo ano, temos de retomar a agenda de reformas para que o País cresça e reduza esse peso da dívida na economia", afirmou em entrevista à GloboNews.

A despeito de reconhecer um avanço considerável da relação dívida/PIB, o secretário preferiu não fazer estimativa para o PIB deste ano. Lembrou que alguns economistas já estimam retração na faixa de 8% do PIB, mas ponderou que ainda não é possível fazer projeção.

"Pode ser dois, três, cinco, até maior, mas ainda não sabemos. Vamos esperar as próximas semanas para ver até quando se dará o 'lockdown'", disse.

Ele reafirmou nesta manhã que os gastos que o governo está fazendo neste momento para amenizar os impactos do novo coronavírus na saúde e na economia são temporários.

"Esse é o cuidado que temos de reconhecer. A PEC do Orçamento de Guerra tem nos ajudado, pois não permite folga para despesa permanente. Neste ano, são gastos prioritários para proteger as pessoas, a renda, os informais. E é bom reconhecer o papel do Congresso", disse.

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