(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 11h32.
Última atualização em 29 de dezembro de 2022 às 12h10.
A dívida pública brasileira continuou em trajetória de queda em novembro. Dados divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Banco Central (BC) mostram que a dívida bruta do governo geral fechou o mês aos R$ 7,290 trilhões, o que representa 74,5% do produto interno bruto (PIB). Esse é o menor resultado desde de dezembro de 2019, quando estava em 74,44% do PIB.
O percentual, divulgado nesta quinta pelo BC, é menor que os 75,1% de outubro. É também o mais baixo desde antes dos impactos da pandemia de covid-19 sobre a economia brasileira.
O pico da séria da dívida bruta foi alcançado em fevereiro de 2021 (89%). No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A dívida bruta do governo geral — que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais — é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
O BC informou ainda que a dívida líquida do setor público (DLSP) manteve-se em 57,0% do PIB entre outubro e novembro. O dado de outubro foi revisado e estava em 58,3%. A DLSP atingiu R$ 5,578 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.