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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - A indústria alimentícia - principalmente a de abate de carnes e a de produção de bebidas alcoólicas - tem crescido desde 2008 quando a crise financeira internacional se agravou e, com isso, vem disputando espaço com a indústria de extração de petróleo e produção de seus derivados, de biocombustíveis e de minério de ferro, além da fabricação de automóveis. Essas últimas, o carro-chefe da indústria brasileira.
O crescimento da indústria alimentícia, registrado especialmente na Região Centro-Oeste, foi constatado pela Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2008, divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, a diversificação do parque industrial brasileiro é reflexo do cenário econômico do país.
"O aquecimento do mercado interno, com a abertura de linhas de crédito tanto para pessoas físicas como jurídicas favoreceu a instalação de novas empresas industriais com valor agregado e, na comparação com 2007, vale destacar que, em 2008, todas as indústrias do país, juntas, contribuíram para o aumento de 20,3% do valor de transformação industrial, que é uma espécie de PIB [Produto Interno Bruto] do setor", observou a coordenadora de Indústria do IBGE, Maristella Rodriguez.
A economista lembrou, no entanto, que os resultados da pesquisa não trazem os reflexos da crise internacional daquele ano. Ela explicou que os primeiros nove meses de 2008 foram muito positivos para o setor, que ainda teve a seu favor a valorização dos preços das commodities do petróleo e do minério de ferro.
"Porém, no último trimestre daquele ano, já tivemos uma queda brusca na produção industrial, impulsionada pela interrupção de linhas de crédito e dificuldades de financiamento que os empresários começaram a ter em função da crise financeira internacional", explicou.