Economia

Dirceu admite ter recebido R$ 620 mil de empresário

O ex-ministro José Dirceu atribuiu a uma "campanha eleitoral contra Dilma, Lula e o PT, e a favor de Serra, FHC e o PSDB" as notícias que têm sido publicadas sobre os trabalhos que prestou a Nelson dos Santos, que comprou por R$ 1 o controle da Eletronet, empresa falida que tem o governo como […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

O ex-ministro José Dirceu atribuiu a uma "campanha eleitoral contra Dilma, Lula e o PT, e a favor de Serra, FHC e o PSDB" as notícias que têm sido publicadas sobre os trabalhos que prestou a Nelson dos Santos, que comprou por R$ 1 o controle da Eletronet, empresa falida que tem o governo como sócio. Em texto publicado ontem em seu blog, sob o título "O caso Eletronet: um ponto final", Dirceu confirmou ter recebido R$ 629 mil de Nelson dos Santos.

A Eletronet opera uma rede de fibras ópticas de 16 mil quilômetros, presente em 18 Estados. O governo planeja usar essa infraestrutura em seu Plano Nacional de Banda Larga, que está para ser anunciado em breve, e prevê também a volta da Telebrás. No fim do ano passado, a União ganhou na Justiça o direito de posse das fibras apagadas (que não estão em uso) da Eletronet, e foi obrigado a fazer um depósito judicial de R$ 270 milhões, como caução. Os principais credores da Eletronet são a Furukawa e a Alcatel Lucent, que forneceram os cabos e os equipamentos à empresa.

Segundo Dirceu, o governo estudava a recuperação financeira da Eletronet e, dois meses depois do início de sua consultoria a Nelson dos Santos, decidiu dar prosseguimento ao processo de falência da companhia, optando por buscar a posse das fibras. "Se a consultoria que prestei a uma das empresas de Nelson dos Santos foi mesmo sobre a Eletronet e se eu sou de fato lobista, como me acusa parte da imprensa, gostaria de saber por que, dois meses após o início do contrato de consultoria, o governo brasileiro tomou uma decisão contrária aos interesses dos controladores privados da Eletronet", disse o ex-ministro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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