Economia

Diminui participação de cartões nos gastos em viagem

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, os brasileiros estão “contornando” a incidência do IOF ao reduzir as compras com cartão de crédito


	Malas de viagem ilustrativas: para Maciel, aumento da renda dos brasileiro e as oportunidades oferecidas por países na Europa e pelos EUA estimulam as viagens
 (Soni.I / Sugarcraft)

Malas de viagem ilustrativas: para Maciel, aumento da renda dos brasileiro e as oportunidades oferecidas por países na Europa e pelos EUA estimulam as viagens (Soni.I / Sugarcraft)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 12h16.

Brasília – Os brasileiros estão fazendo menos compras com cartão de crédito no exterior. De acordo com dados do Banco Central (BC), em setembro, a participação do cartão de crédito nos gastos das viagens internacionais ficou em 44,4%.

Em março de 2011, quando o governo aumentou a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente nas compras com cartão de crédito para 6,38%, essa participação estava em 65%. No final de 2011 caiu para 60%, e no fim do ano passado passou para 53%.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, os brasileiros estão “contornando” a incidência do IOF ao reduzir as compras com cartão de crédito.

Além disso, com as oscilações da cotação do dólar, os brasileiros evitam comprar no cartão para não ter “surpresas” com a fatura. Isso porque pode haver diferença entre a cotação no dia da compra e a cobrada na fatura.

Apesar do menor uso do cartão de crédito, os gastos de brasileiros no exterior continuam a crescer. Em setembro, essas despesas (incluídas as operações com cartão de crédito) totalizaram US$ 2,168 bilhões, resultado recorde para o mês.

Segundo Maciel, havia expectativa de que pudesse haver “alguma moderação no segundo semestre deste ano” nas despesas com viagens internacionais por causa da alta do dólar.

Mas isso não ocorreu. Para ele, o aumento da renda dos brasileiro e as oportunidades oferecidas por países na Europa e pelos Estados Unidos, principalmente, estimulam as viagens.

De acordo com Maciel, como as economias desses países ainda estão em recuperação lenta, há estímulos ao turismo.

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