Economia

Dilma: 'Vamos enfrentar a crise com mais projetos'

"Nós vamos nos defender gerando emprego", disse a presidente durante discurso nesta quinta-feira

Dilma Rousseff comparece a cerimônia em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff comparece a cerimônia em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 17h32.

São Gonçalo do Amarante - "Estamos mais fortes. Nós não vamos enfrentar a crise com recessão. Vamos enfrentar a crise com mais projetos", disse hoje a presidente Dilma Rousseff, durante visita às obras de terraplenagem da Companhia Siderúrgica do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE). Ela citou a construção do empreendimento como um exemplo: "Nós vamos nos defender gerando emprego, assegurando renda e defendendo nosso mercado interno".

Dilma chegou ao evento de helicóptero, acompanhada do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e de uma comitiva de ministros e senadores cearenses. Ela fez questão de conhecer o maquinário usado na construção da siderúrgica. Dilma chegou a subir em um trator e tirou fotos ao lado de trabalhadores.

Orçada em US$ 4,2 bilhões, a siderúrgica do Pecém está sendo feita em parceria com as empresas coreanas Dongkuk Steel e Posco. Segundo Dilma, somente no processo de implantação serão gerados 24 mil empregos. Na fase de operação, que começa em 2015, serão mais 14 mil empregos. A siderúrgica terá capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de aço por ano, mas inicialmente produzirá 3 milhões, o que dá para fabricar mais de 4 milhões de carros.

Ainda em São Gonçalo, a presidente inaugurou o sistema de correias transportadoras do Complexo Industrial do Porto do Pecém, que tem seis quilômetros de extensão e capacidade para movimentar 2.400 toneladas por hora. O sistema é composto por três tramos, sendo um transportador convencional e dois transportadores tubulares, com tecnologia alemã e fabricação totalmente nacional.

Além da elevada capacidade de transporte, as correias transportadoras instaladas no CIPP realizam o transporte de forma totalmente fechada evitando, assim, a geração de pós de minérios durante o trajeto, um ganho ao meio ambiente da região. O investimento total foi de R$ 156,3 milhões na implantação do sistema, sendo R$ 120,5 milhões oriundos de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 35,8 milhões do Tesouro estadual. Ainda no porto, Dilma inaugurou o Terminal de Múltiplas Utilidades, que vai quintuplicar a capacidade de movimentação de contêineres: dos atuais 150 mil por ano para 750 mil. Na obra foram aplicados R$ 414 milhões e gerados 800 empregos diretos.

Protesto

Operários de sete categorias, representados pelo sindicato Mova-se, aproveitaram a passagem de Dilma pelo Complexo Portuário do Pecém para fazer uma paralisação de protesto. Eles reivindicam segurança nas instalações e procedimentos no porto. De acordo com a assessoria da entidade, em maio deste ano, os operários pararam o Porto por um dia, gerando prejuízo de R$ 250 mil. Eles não descartam uma greve geral, o que geraria um prejuízo ainda maior, uma vez que se aproxima as safras de frutas, um dos principais produtos escoados pelo porto.

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