Economia

Dilma terá reunião com cúpula da Fifa na segunda-feira

Na pauta do encontro com Joseph Blatter estará uma tentativa minimizar as crescentes tensões entre a entidade e o governo federal

Segundo o chanceler brasileiro, Dilma e Sarkozy também discutiram uma "aliança estratégica em matéria de defesa" (Mario Tama/Getty Images)

Segundo o chanceler brasileiro, Dilma e Sarkozy também discutiram uma "aliança estratégica em matéria de defesa" (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 22h13.

Brasília - Cada vez mais cobrada quanto aos preparativos da Copa do Mundo de 2014, a presidente Dilma Rousseff vai aproveitar o giro pela Europa para se encontrar com a cúpula da Fifa - o presidente Joseph Blatter e o secretário-geral Jerome Valcke -, na segunda-feira, na Bélgica, e tentar minimizar as crescentes tensões entre a entidade e o governo federal.

A presidente viaja para a Bélgica neste sábado, dando início a um giro de sete dias pelo continente europeu, em um roteiro que ainda inclui Bulgária e Turquia. O encontro com Blatter foi confirmado em cima da hora, levando o ministro do Esporte, Orlando Silva, a ser convocado às pressas para integrar a comitiva que acompanhará Dilma.

O atrito mais recentes entre o governo federal e a Fifa é a Lei Geral da Copa, já enviada pela presidente ao Congresso. O Planalto quer que a lei seja completamente subordinada à Constituição e respeite os estatutos do Idoso e do Torcedor, além do Código de Defesa do Consumidor, mas alguns itens não atendem às exigências da Fifa.

A Lei Geral da Copa mantém o direito de idosos pagarem meia entrada nos jogos

do Mundial. Além disso, a permissão de venda ou não de bebidas alcoólicas nos estádios dependerá das leis estaduais, cabendo à Fifa negociar diretamente com os governadores para haver modificações.

Outro tópico de discordância é a punição para os casos de pirataria. A Fifa defendia punição de três meses a um ano de prisão e multa para quem importar, exportar, vender, oferecer, distribuir ou expuser para venda, ocultar ou mantiver em estoque produtos falsificados do Mundial. A Lei Geral da Copa, no entanto, segue a legislação brasileira e pune o infrator com um a três meses de prisão e multa.

A Fifa também não quer esperar até o final do ano para a aprovação da lei. A entidade quer que seja acertado o controle total da venda de ingressos e proteção das marcas dos seus patrocinadores no Brasil até outubro, quando realizará o seu congresso em Zurique, na Suíça. Na ocasião, a entidade pretende definir a distribuição dos jogos entre as 12 sedes brasileiras, para iniciar a venda dos bilhetes.

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