Economia

Dilma sanciona lei que cria o Super-Cade

A maior efetividade da política de defesa da concorrência feita pelo governo decorre, principalmente, da mudança na análise de fusões e aquisições

Com sanção de Dilma, as mudanças passam a valer em 180 dias após a publicação no Diário Oficial da União (Ueslei Marcelino/Reuters)

Com sanção de Dilma, as mudanças passam a valer em 180 dias após a publicação no Diário Oficial da União (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 10h02.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff sancionou hoje a Lei nº 12.529/11 que reformula o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) e cria o Super-Cade. Segundo informações do Ministério da Justiça, a nova lei torna o sistema mais eficaz na defesa de mercados e dos consumidores, "estimulando produtos e serviços com qualidade e preços adequados e coibindo os efeitos negativos na economia decorrentes do abuso do poder econômico".

Na avaliação do presidente do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), Fernando Furlan, a legislação aumenta a segurança jurídica e a previsibilidade das empresas e dos negócios. "Ela garante um ambiente favorável aos investimentos e, portanto, ao crescimento econômico", afirma, em nota do ministério.

A maior efetividade da política de defesa da concorrência decorre, principalmente, da mudança na análise de fusões e aquisições. Com a nova lei, elas deverão ser submetidas ao Cade antes de serem consumadas, e não depois, como acontece hoje. O Brasil era um dos únicos países do mundo que adotavam essa prática.

O Cade terá prazo máximo de 240 dias para analisar as fusões, prorrogáveis por mais 90 dias, em caso de operações complexas. O texto estabelece ainda que só serão analisadas operações em que uma das empresas tenha faturamento anual acima de R$ 400 milhões e a outra acima de R$ 30 milhões no Brasil. As mudanças passam a valer em 180 dias após a publicação no Diário Oficial da União.

Acompanhe tudo sobre:CadeDilma RousseffFusões e AquisiçõesGoverno DilmaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto