Economia

Dilma reúne ministros para definir cortes no Orçamento

No próximo dia 23, Dilma reunirá todos os ministros, na primeira reunião ministerial de seu segundo ano de mandato, e definirá as prioridades do governo

A reunião ocorre antes das aguardadas trocas no primeiro escalão (Antonio Cruz/Abr)

A reunião ocorre antes das aguardadas trocas no primeiro escalão (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 23h38.

Brasília- A presidente Dilma Rousseff vai realizar ao longo desta semana reuniões com ministros das principais áreas do governo para definir as metas prioritárias para este ano e com essas informações estimar o tamanho do corte orçamentário a ser anunciado em fevereiro, segundo disseram à Reuters fontes do governo nesta segunda-feira.

No próximo dia 23, Dilma reunirá todos os ministros, na primeira reunião ministerial de seu segundo ano de mandato, e definirá as prioridades do governo para intensificar o ritmo de crescimento econômico.

A reunião ocorre antes das aguardadas trocas no primeiro escalão, que segundo uma fonte do Palácio do Planalto que falou sob condição de anonimato, só devem começar no final de janeiro.

As reuniões desta semana estão programadas para acontecer na quinta-feira, sexta-feira e no sábado. A presidente pretende dividir os ministros em grupos, para que cada pasta apresente o que fez no ano passado, o que prevê como prioridade para 2012 e como pretende fiscalizar e acompanhar o andamento dos programas.

A forma foi definida pela própria presidente e assessores muito próximos para poder ouvir cada um dos 38 ministros -o que é, na prática, impossível em uma reunião ministerial. Os encontros servirão para passar um pente fino nos investimentos de infraestrutura e no avanço dos programas sociais.

A partir da apresentação dos ministros, a presidente pretende definir quais programas serão mais ou menos afetados pelos cortes.

Segundo uma outra fonte do governo, o corte orçamentário deste ano tem um peso menor para o Executivo, já que há uma pressão inflacionária mais reduzida, uma trajetória descendente de juros e a presidente quer aumentar a taxa de crescimento para uma faixa acima de 4 por cento. Mesmo assim, segundo a fonte, isso não significa que o valor do contingenciamento será menor do que do ano passado, de 50 bilhões de reais.

Essa fonte argumenta que o governo já tomou medidas com vistas ao aumento da atividade econômica, estimulando o consumo pelo salário mínimo, e anunciou uma linha de crédito para reformas de moradias com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O governo também acredita que o afrouxamento da política monetária adotada pelo Banco Central no segundo semestre de 2011 terá efeitos para o setor produtivo no primeiro semestre deste ano e que o programa Brasil Maior, que reúne incentivos fiscais e linhas de crédito para a indústria, irá deslanchar em 2012.

Segundo essa fonte, Dilma também acredita que neste ano o plano de investimentos da Petrobras ganhará musculatura e deve impulsionar o crescimento.

A equipe econômica está debruçada sobre algumas alternativas para fazer os contingenciamentos do Orçamento neste ano, que devem ultrapassar 50 bilhões de reais. A ideia é poupar ao máximo os investimentos e, para isso, deve adiar a realização de concursos públicos, por exemplo.

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