Economia

Dilma reconhece que revisão da Moody's foi ruim

"A Moody's diz o seguinte: que daqui a 12 a 18 meses, ela reavalia. Ela fez um viés", afirmou a presidente

Dilma: presidente disse que queria que economia brasileira estivesse crescendo a 10% (Ichiro Guerra/Dilma 13)

Dilma: presidente disse que queria que economia brasileira estivesse crescendo a 10% (Ichiro Guerra/Dilma 13)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 16h31.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quarta-feira, 10, que foi "ruim" a decisão da agência de classificação de risco Moody's, que revisou de estável para negativa a perspectiva da nota de crédito do Brasil.

Dilma também disse a repórteres que queria que a economia brasileira estivesse crescendo a 10%.

"A Moody's diz o seguinte: que daqui a 12 a 18 meses, ela reavalia. Ela fez um viés", afirmou Dilma.

Questionada pelo Broadcast Político se a notícia não era ruim, Dilma respondeu: "Óbvio."

A Moody's explicou que os principais determinantes para a revisão da perspectiva do rating foram a redução sustentada no crescimento econômico, que mostra pouco sinal de retorno ao potencial no curto prazo; a deterioração acentuada no sentimento do investidor, o que tem afetado negativamente a formação bruta de capital fixo; e os desafios fiscais que estes obstáculos econômicos impõem, impedindo a reversão da tendência de elevação nos indicadores da dívida do governo.

"Eu queria estar crescendo a 10%, meu querido. Em matéria de crescimento, vocês podem ter certeza: serei eu a pessoa que mais quererá crescer. Eu sei que tem problemas porque nós tivemos uma transmissão da crise por inúmeros mecanismos. Inúmeros", comentou a presidente.

Ao falar da situação da indústria brasileira, Dilma destacou que a indústria alemã está "em queda há 7 meses", "porque tem uma redução dos mercados consumidores de manufaturados".

No relatório Focus do Banco Central desta semana, pela 15ª consecutiva, o mercado revisou para baixo a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014. A taxa de crescimento esperada atualmente está em 0,48%.

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