Economia

Dilma rebate críticas sobre baixo crescimento econômico

"O mesmo pessimismo que anteciparam para a Copa e que se mostrou equivocado ocorre quando falam sobre o PIB de 2014", diz presidente


	Dilma: presidente não fez estimativa para o PIB, cujas previsões estão baixas
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Dilma: presidente não fez estimativa para o PIB, cujas previsões estão baixas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 15h31.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff aproveitou um bate-papo com internautas para rebater críticas ao baixo crescimento da economia, conforme previsto para este ano.

"O mesmo pessimismo que anteciparam para a Copa e que se mostrou equivocado ocorre quando falam sobre o PIB de 2014. Nós acreditamos na força da economia brasileira para se superar diante das dificuldades derivadas da crise internacional", desabafou nesta segunda-feira, 7, a presidente.

Ela, no entanto, não apresentou qualquer estimativa de número para crescimento da economia, cujas previsões têm sido revistas para baixo, como apontou o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado na manhã de hoje.

Dilma aproveitou ainda para responder se foram as brigas políticas que atrasaram obras da Copa.

"Não é verdade que brigas politicas atrasaram as obras da Copa. Não concordo que houve qualquer prejuízo para a Copa do Mundo com obras atrasadas. Não podemos repetir na Olimpíada o indevido pessimismo que houve na preparação da Copa. Isso é algo que devemos aprender. A prefeitura do Rio informa que 60% das obras do Complexo Deodoro estão prontas, restando 40%", respondeu Dilma.

Para a presidente, "o maior legado desta Copa é a renovação da confiança do povo brasileiro no País e na sua capacidade". E emendou: "sairemos dessa Copa com a nossa autoestima mais elevada".

A presidente reiterou o discurso que já vinha fazendo nos últimos dias, dizendo que "a infraestrutura não foi criada só para esta Copa". Segundo ela, tudo foi criado para ser usado nas próximas décadas por toda a população. 

Em seguida, Dilma passou a falar novamente sobre aumento do movimento nos aeroportos. "A expansão dos aeroportos foi feita para receber a Copa, mas, sobretudo, para atender esses milhões de brasileiros que hoje têm renda suficiente para pagar uma passagem de avião porque melhoraram de vida", disse Dilma.

Dilma fez questão de responder questão se o Brasil saiu no prejuízo emprestando dinheiro para a construção de estádios.

"O Brasil, ao emprestar dinheiro para construção dos estádios, não saiu no prejuízo. Primeiro, porque foi empréstimo bancário e será pago com os devidos juros.Segundo, porque os estádios nos permitiram receber a Copa das Copas e gerar, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas e a Ernst & Young, 3,6 milhões de empregos em todo seu ciclo."

A defesa dos estádios foi veemente. Dilma citou que, em terceiro lugar, essas mesmas instituições afirmam que para cada R$ 1 de investimento público na Copa, obtém-se R$ 3,4 de investimento privado.

"Quarto, porque mostramos para o mundo que o Brasil é um país que tem competência e capacidade para organizar, em toda a sua complexidade, uma grande Copa. Isso significa aeroportos, estádios, segurança, transporte público e estrutura de comunicação", afirmou.

Viaduto

A presidente Dilma respondeu ainda a responsabilidade na queda do viaduto na capital mineira, que matou duas pessoas.

Depois de salientar que "a prefeitura de Belo Horizonte é responsável pela execução da obra do viaduto e também pela fiscalização da empresa contratada", a presidente acrescentou: "o governo federal aguarda que a prefeitura nos entregue o laudo pericial sobre as razões da queda do viaduto".

Segundo Dilma, de posse deste "relatório pericial avaliaremos as responsabilidades sobre este trágico evento e as medidas necessárias".

Neymar

Dilma voltou a lamentar a joelhada sofrida pelo jogador Neymar. "Como eu disse, a dor do Neymar, ao ser atingido, feriu o coração de todos os brasileiros", comentou.

"O Neymar está aí, mesmo ferido, querendo jogar. É um guerreiro. O exemplo de resistência do Neymar vai fortalecer a Seleção. Fazê-la se superar", completou a presidente.

Questionada sobre qual gol achou mais bonito na Copa, a presidente considerou, primeiro, o de David Luiz, cobrando falta, no último jogo, contra a Colômbia.

E, em relação às outras seleções, Dilma classificou como o gol mais bonito o do jogador da Holanda Robin van Persie, no jogo contra a Espanha.

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