Economia

Dilma pede acordo sobre royalties sem quebrar contratos

Presidente não quer que a disputa pelo dinheiro do pré-sal crie "consequências graves"

Dilma pediu tranquilidade na divisão dos royalities (Wilson Dias/ABr)

Dilma pediu tranquilidade na divisão dos royalities (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 14h30.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu a necessidade de entendimento entre todas as partes em relação aos royalties do petróleo para Estados produtores e não produtores, mas estabeleceu como limite o respeito aos atuais contratos em vigor para evitar posteriores disputas judiciais. "É possível repartir, mas tem de repartir sem criar consequências graves para ninguém" e respeitando os contratos existentes", declarou a presidente Dilma, em entrevista hoje cedo, antes de participar de seminário sobre gestão de compras governamentais, em Brasília.

Depois de ressaltar que esta não é uma questão que esteja apenas na mão do governo, a presidente Dilma afirmou que "temos de ter uma forma de possibilitar que a repartição se dê sem que ninguém perca". A presidente lembrou que tudo tem de ser bem conversado e acertado, lembrando que "o limite desta situação é ver o que nós temos hoje, o volume de hoje e o volume de amanhã, 2011, 2012, 2013, porque ele é crescente".

Para a presidente, tudo tem de ser feito "com muita tranquilidade". "Não é algo que se fala que vai fazer um acordo hoje ou o acordo vai ser amanhã. O acordo sai na hora que amadurece, na hora que pode sair. Eu espero que saia", declarou Dilma, ressalvando que todas as questões têm de ser discutidas daqui para a frente, respeitando os contratos anteriormente existentes.

"Você sempre vai poder dividir daqui para frente. Para trás, não tem como. O que já recolheu, já recolheu", avisou. "Agora tem de ter esse cuidado de não romper contrato porque aí vai ter uma judicialização que não interessa a ninguém. Nem aos que pretendem receber nem aos que receberam", completou a presidente, insistindo que "é necessário um acordo no Brasil sobre esta questão dos royalties" para que ninguém enfrente problemas de gestão, com redução de receita que já está acertada e comprometida.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPré-salPT – Partido dos TrabalhadoresRoyalties

Mais de Economia

Haddad sugere uso responsável do novo consignado, com 'troca de dívida mais cara ou com agiota'

Conselho do FGTS aprova nova faixa do MCMV para famílias com renda de até R$ 12 mil por mês

MT ganha e SP perde: o impacto bilionário da guerra comercial entre EUA e China para os estados

Governo federal pagou R$ 2,5 bi em dívidas de estados e municípios no primeiro trimestre de 2025