Economia

Dilma: países em crise não devem transferir custos

Presidente quer uma solução rápida para a crise internacional, que não propague além dos países com conjuntura econômica difícil

Dilma: "É preciso um esforço concertado de reequilíbrio de toda economia internacional" (Germano Lüders/EXAME.com)

Dilma: "É preciso um esforço concertado de reequilíbrio de toda economia internacional" (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 13h56.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira que os países que enfrentam conjunturas econômicas difíceis não transfiram para outras nações os custos resultantes desta situação, e pediu uma solução rápida para a crise.

"Há que sempre evitar que alguns países transfiram para outros os custos de um conjuntura difícil, seja por artifícios de controle cambial, seja por políticas monetárias excessivamente expansivas, seja por qualquer desequilíbrio financeiro", disse a presidente durante declaração conjunta ao lado do presidente ucraniano, Viktor Yanukovitch, que está em visita ao Brasil.

Dilma vem criticando o uso de taxas de câmbio fixas que levam à manipulação da moeda - uma crítica velada à China.

Ao mesmo tempo, a taxa de juro baixa e o chamado "quantitative easing" (injeção de liquidez nos mercados pelo banco central do país) dos Estados Unidos vêm gerando críticas do governo brasileiro, que atribui a isso parte da entrada de capital especulativo no Brasil, em busca de retornos mais altos, o que acaba valorizando o real.

A crise econômica tem dominado os discursos recentes de Dilma, incluindo os feitos no exterior. Ao voltar ao assunto nesta terça-feira, a presidente repetiu o apelo para que não se demore na busca de uma solução demore e ela combine políticas fiscal e de emprego.

"A falta de uma ação rápida só levará ao agravamento da crise, com sérias consequências políticas e sociais... Por outro lado, a saída da crise exige uma combinação equilibrada entre medidas de ajuste fiscal e de estímulo ao crescimento econômico e ao emprego", afirmou.

"É preciso um esforço concertado de reequilíbrio de toda economia internacional."

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