Economia

Dilma e Mujica discutem relação entre Mercosul e Europa

“A Europa está passando por um momento muito especial e talvez seja oportuno tentar negociar coisas que no passado não se alcançavam", disse Mujica

Dilma Rousseff abraça seu colega uruguaio José Mujica: o presidente uruguaio disse ainda que a expectativa é de que a relação econômica com a Ásia se mantenha firme (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Dilma Rousseff abraça seu colega uruguaio José Mujica: o presidente uruguaio disse ainda que a expectativa é de que a relação econômica com a Ásia se mantenha firme (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h56.

Brasília – O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, manteve hoje (7), em Brasília, reunião privada com a presidente Dilma Rousseff para discutir a relação entre o Mercosul e a Europa e o ingresso de outros países no bloco.

Segundo Mujica, que está no Brasil para a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, o momento de crise econômica que a Europa atravessa pode abrir novas negociações entre os países europeus e o Mercosul com a possibilidade de realizar acordos que antes não eram possíveis. Ele citou, em especial, o protecionismo agrícola.

“A Europa está passando por um momento muito especial e talvez seja oportuno tentar negociar coisas que no passado não se alcançavam. Dada a atual situação da Europa, talvez hoje seja possível encontrar um clima mais razoável. Me refiro ao protecionismo agrícola, que sempre foi um obstáculo, por parte da Europa”, disse a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto.

O presidente uruguaio disse ainda que a expectativa é de que a relação econômica com a Ásia se mantenha firme. Os dois mandatários falaram também sobre melhorar as relações econômicas e sociais entre os membros do Mercosul e sobre o interesse de países como a Bolívia e Equador de fazerem parte do bloco econômico.

A Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul reúne hoje, além da presidente Dilma Rousseff e de José Pepe Mujica, os presidentes Cristina Kirchner, da Argentina; Rafael Correa, do Equador; Evo Morales, da Bolívia; Donald Ramotar, da Guiana e Desi Bouterse, do Suriname.

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