Economia

Dilma diz que queda do PIB é momentânea e prevê recuperação

Segundo o IBGE, o PIB encolheu 0,6% no segundo trimestre do ano, após a redução de 0,2% registrada entre janeiro e março

Dilma: ela atribuiu resultado decepcionante do 2º trimestre aos vários feriados na Copa (Ichiro Guerra/Dilma 13)

Dilma: ela atribuiu resultado decepcionante do 2º trimestre aos vários feriados na Copa (Ichiro Guerra/Dilma 13)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 19h40.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff qualificou a contração econômica registrada pelo Brasil no segundo trimestre como algo "momentâneo" e disse que o país se recuperará no segundo semestre.

"Acho que esse resultado é algo momentâneo. É algo desse trimestre. Acho que no segundo semestre teremos uma grande recuperação", afirmou a presidente nesta sexta-feira a jornalistas em um ato de campanha em Salvador.

Segundo o IBGE, o PIB encolheu 0,6% no segundo trimestre do ano, após a redução de 0,2% registrada entre janeiro e março.

De acordo com os economistas, duas reduções trimestrais consecutivas já colocam o país em "recessão técnica".

Candidata à reeleição pelo PT, Dilma evitou falar em recessão e atribuiu o resultado decepcionante do segundo trimestre aos vários feriados durante a Copa do Mundo que paralisaram as fábricas.

A presidente considera que o Brasil "tem todas as condições" para retomar o crescimento nos próximos meses, inclusive porque no terceiro trimestre haverá um número de dias úteis muito superior ao do segundo.

Dilma lidera as enquetes de intenções de voto para as eleições presidenciais de 5 de outubro, mas as pesquisas indicam que o pleito terá que ser disputado em um segundo turno, no qual seria derrotada por Marina Silva.

O anúncio de que o Brasil acumulou dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, algo que não ocorria desde o início de 2009, reforçou o discurso dos candidatos opositores, que dizem que o país está em crise por sua elevada inflação e reduzida expansão.

"É lamentável verificamos que, por dois trimestres consecutivos, o Brasil está com um crescimento que, lamentavelmente, nos leva a uma situação de muita dificuldade" disse Marina durante a apresentação de seu programa de governo em São Paulo.

"Para ser próspero, é preciso investimentos corretos, manejo das macro e micropolíticas econômicas que nos assegure confiança para investimentos duradouros", acrescentou a candidata do PSB.

Para o senador Aécio Neves, candidato pelo PSDB e terceiro colocado nas pesquisas, os números do PIB divulgados nesta sexta-feira mostram que o governo colheu um fracasso econômico.

"Hoje é um dia triste para o Brasil, que entrou em recessão técnica. A verdade é que o governo do PT terminou antes da hora, e o legado será crescimento baixo, investimento baixo, combinados com inflação alta, juros altos e uma perda crescente da confiança na nossa economia", afirmou Aécio.

"Não existe emprego se não existe crescimento. Portanto, fica claro que este modelo que está aí fracassou", completou o tucano. EFE

cm/rsd

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