Economia

Dilma diz que privatização da Eletrobras abre espaço para apagões

Ex-presidente afirmou que a operação pode ameaçar o suprimento de energia elétrica e resultar em "uma conta de luz estratosférica" para os brasileiros

Dilma Rousseff: "vender a Eletrobras é abrir mão da segurança energética" (Andres Stapff/Reuters)

Dilma Rousseff: "vender a Eletrobras é abrir mão da segurança energética" (Andres Stapff/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 11h13.

São Paulo - A ex-presidente Dilma Rousseff fez duras críticas à proposta do Ministério de Minas e Energia de privatizar a Eletrobras e disse que a medida pode ameaçar o suprimento de energia elétrica do país e resultar em "uma conta de luz estratosférica" para os brasileiros.

"Vender a Eletrobras é abrir mão da segurança energética. Como ocorreu em 2001, no governo FHC (Fernando Henrique Cardoso), significa deixar o país sujeito a apagões", escreveu a ex-presidente em seu perfil no Twitter.

"O resultado é um só: o consumidor vai pagar uma conta de luz estratosférica por uma energia que não terá fornecimento garantido", atacou.

A ex-presidente, que foi afastada após um processo de impeachment no ano passado, foi ministra de Minas e Energia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando comandou uma reformulação nas regras do setor elétrico que fortaleceu a Eletrobras e o poder do Estado sobre o segmento.

Em 2012, quando já era presidente, Dilma conduziu uma nova mudança nas regras do setor, com o objetivo de reduzir as tarifas de eletricidade para impulsionar a indústria e o consumo. Mas as medidas resultaram em perdas bilionárias para a Eletrobras, que só voltou a ter lucro no ano passado, além de terem gerado fortes aumentos nas contas de luz nos últimos anos.

Os problemas financeiros enfrentados pela Eletrobras após a redução tarifária anunciada em 2012 são agora um dos principais argumentos utilizados pelo governo do presidente Michel Temer para propor a redução da fatia da União na companhia.

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