Economia

Dilma diz que Mercosul não está fechado para comércio

A presidente disse que a proposta de negociação com a União Europeia já está pronta e que o Brasil e o Mercosul já exercem o livre-comércio com outros países


	Mercosul: A presidente disse que a proposta de negociação com a União Europeia já está pronta e que o Brasil e o Mercosul já exercem o livre-comércio com outros países
 (Enrique Marcarian/Reuters)

Mercosul: A presidente disse que a proposta de negociação com a União Europeia já está pronta e que o Brasil e o Mercosul já exercem o livre-comércio com outros países (Enrique Marcarian/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2014 às 13h16.

Montevidéu - A presidente Dilma Rousseff, eleita personalidade latino-americana do ano pelo Grupo de Diários América (GDA), afirmou que o Mercosul não está fechado para negociações comerciais com outros países ou blocos.

Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal uruguaio "El País", Dilma afirmou que o "projeto de integração comercial do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) sempre levou em conta a abertura a outros países, blocos ou regiões".

A presidente disse ainda que a proposta de negociação com a União Europeia (UE) já está pronta. Dilma argumentou que o Brasil e o Mercosul já exercem "na prática, o livre-comércio com a Colômbia, Peru e Chile".

Além disso, expressou sua satisfação pela iniciativa do Chile de promover um encontro entre os chanceleres do Mercosul e da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México, Peru e Costa Rica).

O Brasil "também assinou vários acordos com o México", explicou Dilma. Para ela, isto representa "uma base concreta para a criação de uma área de livre-comércio na América do Sul".

Dilma, reeleita presidente em 26 de outubro, afirmou que o Brasil e México são "duas grandes nações em desenvolvimento que enfrentam desafios comuns, especialmente a necessidade imperiosa de lutar contra a pobreza e a fome".

"Necessitamos nos coordenamos em nosso hemisfério e nos fortalecemos através de uma cooperação mais profunda", disse.

A presidente opinou que a integração sul-americana "deve priorizar ao mesmo tempo o lado comercial e a necessidade de uma maior complementaridade produtiva, com ênfase na inovação tecnológica".

Perguntada sobre a eficácia da coexistência de tantos blocos na América Latina, o governante respondeu que isso reflete "a rica diversidade sociopolítica de nossos países".

"Para nós, o Mercosul representa o mecanismo de integração mais profundo que engloba os diferentes campos de coordenação política, econômica e comercial", disse.

Por outro lado, definiu a União das Nações Sul-americanas (Unasul) e a Comunidade de Estado Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) como "instâncias de convergência política entre países sul-americanos". 

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