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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - A ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, criticou hoje, durante almoço promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o que ela considera falta de planejamento e gestão do governo anterior na realização de obras de infraestrutura para solucionar os gargalos do País. "Não se tinha norte nem capacidade de gestão. Não existia um banco de projetos que poderiam prontamente se transformar em obras", afirmou a ministra ao grupo de empresários.
O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) tem sido criticado pela lentidão no início e conclusão das obras, mas a ministra argumentou que isso ocorre porque os projetos não estavam no papel. Como não havia o planejamento pronto das obras, os projetos tiveram que ser primeiro confeccionados para depois serem colocados em prática.
A ministra disse que a equipe do governo está desenhando um conjunto de projetos, que será deixado de herança para o próximo governo. Segundo ela, são programas para a construção de portos, ferrovias, duplicação de rodovias e o programa Minha Casa, Minha Vida 2. "Vamos deixar orientações de como complementar o PAC 1. Esse conjunto de obras será tocado se o próximo governante assim entender", afirmou.
Falando como pré-candidata, Dilma listou alguns desafios que serão enfrentados pelo próximo governante, como a ampliação da classe média, a eliminação da pobreza, o incremento das exportações de maior valor agregado e a geração de mais empregos. "Esses desafios serão enfrentados com grande determinação. Para isso nós vamos manter uma taxa de investimento elevada nos próximos anos."
Além da ministra Dilma, participaram do almoço na Anfavea o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o secretário geral da Presidência da República, Luiz Dulci.