Economia

Diesel sobe 5% nos postos na 1ª semana após fim de isenção de tributos

Além do diesel, a pesquisa semanal da ANP também apontou para aumentos nos preços da gasolina e do etanol

Bomba de combustíveis: O litro do diesel está 2% mais barato (Sol de Zuasnabar Brebbia/Getty Images)

Bomba de combustíveis: O litro do diesel está 2% mais barato (Sol de Zuasnabar Brebbia/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 7 de maio de 2021 às 21h31.

 O preço médio do diesel nos postos de combustíveis do Brasil registrou forte alta na última semana, a primeira desde o fim de uma isenção de impostos federais sobre o produto, mostrou pesquisa publicada nesta sexta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com o levantamento da reguladora, o valor do combustível mais usado do país disparou 5% em relação à semana anterior, atingindo média de 4,405 reais por litro, patamar sem precedentes na pesquisa da agência, que remete pelo menos até o final de fevereiro.

O movimento ocorre após o fim do prazo pelo qual vigorou um decreto editado no início de março pelo presidente Jair Bolsonaro, que zerou por dois meses as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre o óleo diesel, visando conter as sucessivas altas dos preços do produto.

Antes, Bolsonaro havia demitido o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em meio a divergências sobre a política de preços da estatal, que leva em conta fatores como cotação internacional do petróleo e a taxa de câmbio.

Além do diesel, a pesquisa semanal da ANP também apontou para aumentos nos preços da gasolina e do etanol.

O valor médio da gasolina comum atingiu 5,515 reais por litro, alta de 0,9% na comparação semanal, enquanto o biocombustível --seu concorrente nas bombas-- subiu 2,1% no período, a 3,99 reais/litro.

A Petrobras, agora comandada pelo general Joaquim Silva e Luna, não promoveu reajustes nos preços dos combustíveis em suas refinarias nesta semana, após ter anunciado um corte de 2% nos valores de diesel e gasolina na semana passada.

Os preços nos postos, porém, não acompanham necessariamente e de imediato os valores nas refinarias, e dependem de uma série de fatores, incluindo impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição.

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

Acompanhe tudo sobre:CombustíveisÓleo dieselReajustes de preços

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês