Dentro do valor acumulado dos reajustes, a melhora nos resultados - promovida pela deflação dos últimos três meses - não foi suficiente para reverter o quadro geral de 2022 (Getty/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de novembro de 2022 às 20h59.
Relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que 77,6% de 450 negociações referentes à data-base de setembro fixaram reajustes salariais proporcionais ou acima da inflação definida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O número representa o maior índice de reajuste nessas condições dos últimos 15 meses.
No total, 39,6% das data-bases ficaram acima do índice inflacionário, 38,0% tiveram resultados iguais e 22,4% fixaram reajuste abaixo da inflação. A variação real média dos reajustes de setembro foi de 0,13%, o primeiro valor positivo em dois anos.
Dentro do valor acumulado dos reajustes, a melhora nos resultados - promovida pela deflação dos últimos três meses - não foi suficiente para reverter o quadro geral de 2022, que mantém apenas 21,6% dos reajustes acima da inflação e 41,9% abaixo.
De janeiro a setembro, o setor que garantiu maior aumento salarial foi o industrial, com 27,6% das data-bases acima da inflação. No setor de serviços, porém, mais da metade dos reajustes ficou abaixo da inflação.
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