Economia

Dia dos Namorados deve movimentar R$ 7,7 bilhões no comércio

Segundo pesquisa feita com consumidores de mais de 70 municípios, a intenção de gasto médio com presentes e comemorações é de R$ 155,69


	A pesquisa revela que roupas lideram a preferência dos consumidores
 (monkeybusinessimages/Thinkstock)

A pesquisa revela que roupas lideram a preferência dos consumidores (monkeybusinessimages/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 20h11.

Rio de Janeiro - Pesquisa nacional da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos feita com 1,2 mil consumidores, em 72 municípios brasileiros, mostra que a intenção de gasto médio com presentes e comemorações no Dia dos Namorados, amanhã (12), subiu 5% em comparação ao ano passado, com tíquete médio de R$ 155,69.

A intenção de compras se revelou estável, em torno de 34%.

O levantamento divulgado hoje (11) foi feito entre os dias 15 e 28 de maio.

O gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, avaliou que "no atual cenário hesitante da economia", com o consumidor seletivo e o desemprego avançando nas principais cidades, “o Dia dos Namorados vem bem a calhar”.

A estimativa é que a data movimentará em torno de R$ 7,7 bilhões no comércio brasileiro.

A pesquisa revela que roupas lideram a preferência dos consumidores, com alta de seis pontos percentuais em relação a 2014. Travassos destacou que há maior adesão dos namorados a programas como ir ao teatro ou ao cinema, jantar fora ou mesmo viajar.

Essas alternativas representavam 5% das opções no ano passado, e agora superam 16%. Um em cada três brasileiros pretende presentear ou fazer alguma comemoração nesse dia 12 de junho.

“A nossa leitura é que no ano passado as comemorações da data ficaram comprometidas em função de o Dia dos Namorados ter coincidido com a abertura da Copa do Mundo de Futebol”, disse o gerente.

Apesar disso, destacou que o crescimento de 5% no tíquete médio deve ser considerado, “porque está todo mundo segurando (os gastos)”.

Ele afirmou que para o comércio, a disposição de comprar um presente ou ir a um restaurante ou teatro são atitudes importantes para aquecer a atividade. “Nesse cenário de dificuldades na economia, é importante o comércio contar com as datas comemorativas”.

O gerente de economia da Fecomécio-RJ considera que as datas comemorativas ajudam o empresário do comércio a amenizar os efeitos da desaceleração da economia e podem ajudar a fidelizar o cliente, que está mais seletivo.

Nesse momento, isso é importante, disse, levando em conta que o consumo das famílias apresentou uma primeira queda em 12 anos, de acordo com o último resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Como ele (consumidor) tem segurado o consumo, pode também se permitir, em uma data comemorativa, ter um momento de lazer com seu parceiro ou parceira. Existe essa margem. Nem tudo é negativo nesse momento”. O consumidor, sustentou, está preocupado em manter o seu poder de compra.

Na avaliação do presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), Aldo Gonçalves, a expectativa é que as vendas para o Dia dos Namorados na capital fluminense tenham um crescimento modesto, em torno de 1,5%, este ano.

O número considera o “momento econômico muito difícil no país, que está impactando negativamente o comércio, com uma inflação de quase 8,5%, que corrói o salário do trabalhador, diminui o poder de compra.

Além disso, os juros estão muito altos e o crédito é escasso, o desemprego está aumentando e há um clima de desconfiança e de incerteza, tudo isso impactando de forma negativa o comércio”.

A expansão de 1,5% leva em conta o fato de a data ser a terceira mais importante para o comércio brasileiro, depois do Natal e do Dia das Mães, empatando com a Páscoa.

Acompanhe tudo sobre:Comérciodia-dos-namoradosgastos-pessoaisPresentes

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados