Economia

Devolução do Orçamento não tem apoio, diz relator

Na terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia dito que não cogitava devolver a peça ao Executivo


	Renan Calheiros: o presidente do Senado já havia dito que não cogitava devolver a peça ao Executivo
 (Jonas Pereira/ Agência Senado)

Renan Calheiros: o presidente do Senado já havia dito que não cogitava devolver a peça ao Executivo (Jonas Pereira/ Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 13h50.

Brasília - A tese de uma eventual devolução da proposta de Orçamento para 2016 ao governo não tem mais apoio entre os parlamentares que integram a Comissão Mista de Orçamento (CMO), disse nesta quinta-feira o relator do projeto na comissão, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Na terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia dito que não cogitava devolver a peça ao Executivo. A devolução foi defendida por parlamentares da oposição, depois de o governo apresentar ao Congresso uma proposta inédita de Orçamento, com despesas maiores que as receitas no próximo ano.

“Aqui, pela comissão, não vi mais apoio para a devolução”, disse Barros a jornalistas, após reunião do colégio de líderes na CMO.

O relator disse que o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deve participar de uma audiência pública na CMO no próximo dia 17.

“Esperamos poder rapidamente dar aos parlamentares as opções de equilíbrio do Orçamento”, disse o deputado. “Vamos analisar cada uma das rubricas e avaliar onde se pode alterar”, disse.

Segundo Barros, ainda há muitas opiniões divergentes dentro da comissão porque os dados ainda não são conhecidos em sua totalidade, por isso a comissão aguarda adendos com informações adicionais do governo.

Uma dessas divergências seria, justamente, se cabe ao Congresso ajudar na indicação de cortes e criação de novas receitas.

Durante a reunião, ficou acertado que os comitês de receita farão análises para detalhar eventuais medidas pra aumentar receitas, como novas formas de tributação, vendas de participações e alienações de imóveis.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaEconomistasOrçamento federalNelson Barbosa

Mais de Economia

Reforma tributária: apenas 9,5% das empresas se dizem prontas para mudanças, diz estudo

Qual o valor do salário mínimo em 2025? Veja histórico dos últimos 10 anos

Como as novas tarifas de Trump podem mexer no mercado de caminhões

Câmara pode votar MP que tributa LCI, LCA e LCD nesta terça em meio a impasse com agro