Economia

Devemos controlar gastos para segurar inflação, diz Levy

Em sessão de perguntas e respostas, Levy ressaltou que a inflação de janeiro deve ser "mais alta do que em alguns meses do ano passado"


	Joaquim Levy: "para a economia voltar a crescer, temos que fazer algumas arrumações e isso pode mexer em alguns preços"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Joaquim Levy: "para a economia voltar a crescer, temos que fazer algumas arrumações e isso pode mexer em alguns preços" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 10h48.

São Paulo - O governo deve controlar os gastos para segurar a inflação, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acrescentando que as medidas adotadas para estimular o crescimento econômico podem gerar alterações em alguns preços.

"Para a economia voltar a crescer, temos que fazer algumas arrumações e isso pode mexer em alguns preços", afirmou ele. "Ela é importante para acomodar a economia em um novo caminho de crescimento", acrescentou.

Participando de sessão de perguntas e respostas numa página do governo no Facebook, Levy ressaltou que a inflação de janeiro deve ser "mais alta do que em alguns meses do ano passado".

"Mas o mais importante é que o Banco Central, que é o guardião do valor do teu dinheiro, está atento e vai continuar cuidando para que a inflação esteja no caminho de não só ficar abaixo do teto (da meta)... até o final de 2015, mas também para ela voltar para o objetivo de não passar de 4,5 por cento em 2016", disse Levy, respondendo a pergunta de uma usuária da rede social.

Ele acrescentou que "para a gente segurar a inflação é preciso que o governo não gaste demais. Se a gente fizer isso agora, vamos poder ter a inflação caindo no ano que vem".

Nesta sexta-feira, foi divulgado que o IPCA avançou 6,41 por cento em 2014, pressionado principalmente pelos preços de alimentos e habitação.

O resultado ficou bem próximo do teto da meta oficial --de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo-- e veio em linha com as expectativas de analistas.

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