Economia

Despesas do governo central cresceram 12% até maio

As despesas no período somaram R$ 354,284 bilhões e as receitas totalizaram R$ 470,387 bilhões, de acordo com dados do Tesouro Nacional


	As despesas em maio tiveram queda de 16,5% ante abril e as receitas registraram recuo de 11,1%. No mês passado, as despesas somaram R$ 68,182 bilhões e as receitas atingiram R$ 92,668 bilhões
 (Marcos Santos/USP Imagens)

As despesas em maio tiveram queda de 16,5% ante abril e as receitas registraram recuo de 11,1%. No mês passado, as despesas somaram R$ 68,182 bilhões e as receitas atingiram R$ 92,668 bilhões (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 16h43.

Brasília - As despesas do governo federal estão crescendo num ritmo muito mais forte do que as receitas ao longo deste ano. Enquanto a despesa total do Governo Central registrou um aumento de 12,8% até maio, as receitas avançaram apenas 6,5%. As despesas no período somaram R$ 354,284 bilhões e as receitas totalizaram R$ 470,387 bilhões, de acordo com dados do Tesouro Nacional.

As despesas em maio, no entanto, tiveram queda de 16,5% ante abril e as receitas registraram recuo de 11,1%. No mês passado, as despesas somaram R$ 68,182 bilhões e as receitas atingiram R$ 92,668 bilhões.

As despesas com investimentos do governo apresentaram um crescimento de apenas 2,3% de janeiro a maio e somaram no período R$ 26,8 bilhões, valor ligeiramente acima dos R$ 26,2 bilhões registrados de janeiro e maio de 2012.

Os dados incluem os subsídios pagos pelo Tesouro no programa Minha Casa, Minha Vida. Do total de R$ 26,8 bilhões de investimentos pagos este ano, R$ 23,5 bilhões são despesas inscritas no chamado "restos a pagar". Essas despesas foram empenhadas em anos anteriores e transferidas para o Orçamento de 2013. Apenas R$ 3,341 bilhões de investimentos pagos são do Orçamento deste ano.

Os gastos com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somam R$ 18,2 bilhões até maio, com crescimento de 15,7%. O volume de investimentos do PAC é importante porque esses gastos poderão ser abatidos da meta fiscal.

Receitas extraordinárias

O governo não teria feito um superávit primário em maio se não fossem as receitas extraordinárias. Além dos R$ 4 bilhões de depósito judicial e de pagamento de IRJ e CSLL sobre a abertura de capital da BB Seguridade, as receitas do governo central em maio também foram reforçadas com R$ 2,895 bilhões de dividendos de estatais e com R$ 1,103 bilhão de concessões na área de telecomunicações. No acumulado do ano, os dividendos recebidos pela União somam R$ 3,903 bilhões, 49,8% a menos que de janeiro a maio de 2012.

O BNDES foi o que mais repassou dividendos ao Tesouro em 2013, somando R$ 2,090 bilhões, seguido pelo Banco do Brasil com R$ 907,6 milhões. O pagamento de dividendos pela Petrobras este ano somou R$ 502,4 milhões, bem abaixo dos R$ 1,886 bilhão pagos de janeiro a maio de 2012.

As contas do Governo Central, que reúne Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central, apresentaram um superávit primário de R$ 5,956 bilhões em maio.

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