Economia

Desemprego recua para 13,7% em julho e atinge 14,1 milhões, diz IBGE

Aumento na ocupação foi puxado pelo emprego com carteira assinada e postos informais. Trabalho por conta própria e trabalho doméstico atingem recordes

Desemprego: É um recuo frente os 14,7% registrados no trimestre encerrado em abril (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Desemprego: É um recuo frente os 14,7% registrados no trimestre encerrado em abril (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

AO

Agência O Globo

Publicado em 30 de setembro de 2021 às 09h34.

Última atualização em 30 de setembro de 2021 às 09h39.

O mercado de trabalho segue em processo de recuperação após sofrer forte impacto em razão da pandemia de covid-19. A taxa de desemprego ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, divulgada nesta quinta-feira.

É um recuo frente os 14,7% registrados no trimestre encerrado em abril, que servem de base de comparação, quando o desemprego esteve em nível recorde no país. Ainda assim, o país soma 14,4 milhões de pessoas na fila em busca de um trabalho.

Diferenças entre Pnad e Caged

A Pnad considera vagas formais e informais, e os dados são trimestrais. Já o Caged considera apenas vagas com carteira assinada. E as divulgações trazem informações sempre referente a um único mês.

Na última quarta-feira, foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostrou que em agosto foram criados 372,3 mil postos de trabalho. O resultado é reflexo de avanço na economia e do programa de manutenção de emprego.

Mercado de trabalho segue pressionado

Economistas avaliam que, na medida em que a vacinação avança no país e a economia conclui seu processo de reabertura, o número de desempregados tende a recuar.

Ainda assim, o aumento da população ocupada deverá crescer em menor magnitude do que a população economicamente ativa (que está empregada ou desemprego, mas à procura de trabalho), que voltará ao nível pré-pandemia.

Com isso, a expectativa é que o país conviva com níveis elevados de desocupação por bastante tempo, já que há um descompasso entre oferta e demanda de mão de obra.

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