Economia

Desempregados no Brasil superam 10 mi em fevereiro

A taxa de desemprego no Brasil subiu a 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro


	Trabalho: nos três meses até janeiro, a taxa havia atingido 9,5%
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Trabalho: nos três meses até janeiro, a taxa havia atingido 9,5% (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 10h00.

Rio de Janeiro - O número de desempregados no Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 10 milhões, em fevereiro, em meio ao cenário de forte recessão e renda em baixa.

Neste cenário, a taxa de desemprego atingiu 10,2% no trimestre encerrado em fevereiro, pela primeira vez em dois dígitos e renovando a máxima histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012.

Nos três meses até janeiro, informou o IBGE nesta quarta-feira, o desemprego havia ficado em 9,5%, enquanto que no mesmo trimestre do ano passado foi de 7,4%. O resultado de fevereiro ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, de taxa a 10,1%.

O número de desempregados no trimestre móvel até fevereiro atingiu o recorde de 10,371 milhões de pessoas, aumento de 13,8% sobre o trimestre até novembro. Na comparação com os três meses até fevereiro de 2015, houve salto de 40,1%, ou quase 3 milhões de pessoas a mais procurando trabalho.

A Pnad Contínua mostrou ainda que a população ocupada registrou queda de 1,3% no trimestre até fevereiro sobre igual período de 2015, ou 1,172 milhão de pessoas a mais sem trabalho, também maior nível da pesquisa.

O IBGE informou ainda que o rendimento médio da população ocupada foi a 1.934 reais mensais, recuo de 3,9% sobre o mesmo período do ano anterior.

"O aumento de agora era esperado pela dispensa tradicional (em janeiro e fevereiro), mas o mercado vai além disso. Ele está demissionário", afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

O mercado de trabalho é um dos mais afetados pelas crises econômica e política que varrem o país. Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, aponta expectativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) contraia 3,80% este ano.

Matéria atualizada às 10h

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