Economia

Desemprego no Brasil cai a 4,6% e iguala mínima histórica

Rendimento voltou a crescer, subindo 2,0% no mês


	Pessoas aguardam em centro de emprego: população ocupada cresceu 0,1 por cento em novembro na comparação com outubro e recuou 0,7 por cento ante o mesmo período do ano anterior
 (César Manso/AFP)

Pessoas aguardam em centro de emprego: população ocupada cresceu 0,1 por cento em novembro na comparação com outubro e recuou 0,7 por cento ante o mesmo período do ano anterior (César Manso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 13h19.

Rio de Janeiro - O desemprego brasileiro recuou mais do que o esperado em novembro, voltando à mínima histórica de 4,6 por cento, ao mesmo tempo em que o rendimento voltou a crescer.

Segundo informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio da população cresceu 2 por cento no mês passado, a 1.965,20 reais. Sobre novembro de 2012, a alta foi de 3,0 por cento.

A expectativa para o desemprego, indicada na mediana de 25 analistas consultados pela Reuters, era de taxa de 4,9 por cento em novembro, com as estimativas variando entre 4,8 e 5,2 por cento.

O baixo nível de desemprego vem se mantendo ao longo deste ano apesar da fraqueza da economia, favorecendo o desempenho do consumo no país e o setor de serviços. Entretanto, a repetição do recorde em novembro não demonstra claramente melhora no mercado de trabalho, segundo o IBGE.

Isso porque ela se deveu ao grande número de pessoas que deixou de procurar trabalho, partindo para a inatividade, que cresceu 0,8 por cento em novembro ante o mês anterior (148 mil trabalhadores). Em relação a novembro de 2012, o aumento foi de 4,5 por cento, o maior da série histórica do IBGE, que começou em 2002.

"A taxa (recorde) não mostra exuberância do mercado de trabalho ou que a fila de desemprego foi reduzida. Temos que aguardar o mês que vem para ver o que aconteceu", disse o pesquisador do IBGE Cimar Azeredo. "Não é um sinal de mercado favorável." O IBGE informou ainda que os inativos somaram em novembro cerca de 18,5 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas, sendo que a minoria --aproximadamente 1,7 milhão-- estava disposta a trabalhar.

"Em sua maioria são mulheres, jovens em idade escolar ou universitários de famílias de maior renda e idosos que podem se dar ao direito de não trabalhar", destacou Pereira.


Pela metodologia da pesquisa do IBGE, a taxa de desemprego é uma combinação entre pessoas que trabalham e que procuram emprego. Se há menos gente procurando trabalho, a pressão sobre o mercado diminui, mesmo se não houver abertura de vagas.

População preocupada

Segundo o IBGE, a população ocupada cresceu 0,1 por cento em novembro na comparação com outubro e recuou 0,7 por cento ante o mesmo período do ano anterior, totalizando 23,293 milhões de pessoas.

Já a população desocupada, segundo o IBGE, chegou a 1,131 milhão de pessoas, queda de 10,9 por cento ante outubro, e queda de 6,4 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.

Na média do ano, a taxa de desemprego está em 5,5 por cento, ante 5,6 por cento nos 11 primeiros meses de 2012. Em outubro, a taxa de desemprego foi de 5,2 por cento, o menor patamar para aquele mês desde que a série foi iniciada em 2002.

Atualizado às 14h19

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