Economia

Desemprego na Espanha registra queda de 400 mil vagas em 2016

Trata-se da maior queda da história em um ano civil do número de pessoas registradas no Serviço Público de Emprego Estatal do país

Desemprego está caindo na Espanha desde 2013, depois de vários anos de crise econômica nos quais o desemprego chegou a rondar 27% (AFP/Dominique Faget)

Desemprego está caindo na Espanha desde 2013, depois de vários anos de crise econômica nos quais o desemprego chegou a rondar 27% (AFP/Dominique Faget)

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AFP

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 08h35.

O número registrado de desempregados baixou em 390.534 pessoas na Espanha em 2016, se estabelecendo em 3,7 milhões, uma queda de 9,54%, segundo números do ministério do Emprego publicados nesta quarta-feira.

Segundo o ministério, trata-se da maior queda da história em um ano civil do número de pessoas registradas no Serviço Público de Emprego Estatal.

Em 2015, o desemprego registrado havia caído em 354.203 pessoas.

"Em comparação com dezembro de 2015, o desemprego caiu em 390.534 pessoas, a maior queda em um ano natural de toda a série histórica", indica o comunicado emitido nesta quarta-feira.

"O ritmo de redução interanual do desemprego registrado se situa em 9,54%, o mais forte desde 1999", acrescenta o texto.

Apenas em dezembro, propício para as contratações temporárias pelas atividades de Natal, o número de desempregados registrados caiu em 86.849 pessoas, contra 55.790 em dezembro de 2015.

O ministério do Emprego não fornece nenhuma taxa de desemprego. Ela é calculada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que em sua metodologia inclui as pessoas que buscam trabalho sem estar oficialmente registradas. No terceiro trimestre, a porcentagem era de 18,9%, a segunda mais alta da zona do euro, atrás apenas da Grécia.

O desemprego está caindo na Espanha desde 2013, depois de vários anos de crise econômica nos quais o desemprego chegou a rondar 27%.

O retrocesso anual foi propiciado principalmente pelo setor de serviços, onde no fim de dezembro havia 208.053 demandantes de emprego a menos em comparação com dezembro de 2015.

No setor da construção, muito afetado pela explosão da bolha imobiliária em 2008, o desemprego registrado caiu em 77.249 pessoas (17% a menos).

O ministério também afirma que no conjunto do ano foram assinados 1,71 milhão de contratos indefinidos, e 18,3 milhões de contratos temporários.

O presidente do governo, Mariano Rajoy, que não tem maioria no Parlamento, quer nesta legislatura criar 500.000 empregos por ano para que em 2020 existam 20 milhões de pessoas trabalhando.

Para isso, conta com a manutenção da robustez do crescimento econômico (3,2% em termos anuais no terceiro trimestre). No entanto, deverá conciliar tanto as exigências da Comissão Europeia, que exige a redução do déficit, como as da oposição, que pede a adoção de medidas sociais para deixá-lo governar.

Mariano Rajoy, líder do Partido Popular (PP), lidera um governo de minoria, que para avançar toda lei precisa dialogar com os partidos da oposição, começando com o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que tem a segunda maior bancada no Parlamento.

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