Economia

Desemprego em serviços controla inflação, diz economista

O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, destacou que a inflação vem andando em patamares muito altos


	O fechamento de vagas no setor de serviços pode ser "entendido como uma boa notícia", pois ajudará no controle da inflação, segundo especialista
 (Arquivo)

O fechamento de vagas no setor de serviços pode ser "entendido como uma boa notícia", pois ajudará no controle da inflação, segundo especialista (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2015 às 14h07.

São Paulo - O fechamento de 115.599 vagas de emprego formal em maio, o pior para o mês desde o início da série histórica do Caged, em 1992, confirma a tendência de piora do mercado de trabalho dentro do esperado processo de ajuste da economia brasileira, avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Ele destacou que o fechamento de vagas no setor de serviços, apesar de negativo, pode ser "entendido como uma boa notícia", pois ajudará mais fortemente o controle da inflação.

"O resultado veio em linha com o ajuste esperado na economia brasileira por meio do mercado de trabalho. O governo tem que entregar uma desaceleração econômica de tal sorte que o emprego diminua e o salário pare de subir e até caia em termos reais", afirmou.

Ele destacou que o saldo negativo de 32.602 vagas em serviços deve ajudar a controlar a inflação do setor, que vem rodando em patamares muito altos, o que servirá como um "contraponto" à alta de preços administrados e variação cambial.

"A boa notícia é que a situação está ruim. O Caged confirma a tendência de ajuste na principal variável de ajuste na economia brasileira, que é o mercado de trabalho", afirmou.

Mesmo com a piora do desemprego e da renda, o economista prevê que o BC deve continuar com o ciclo de aperto monetário até conseguir ancorar as expectativas da inflação para o ano que vem. "Se a situação está ruim agora, imagine em setembro, quando deve fazer a última alta de juros, para 14,5%", disse.

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