Economia

Desemprego na grande SP para fevereiro é o maior em 12 anos

A taxa de pessoas desocupadas na região subiu de 17,1% em janeiro para 17,9% em fevereiro, o maior nível para o mês desde 2005

Desemprego: a taxa de desemprego aberto alcançou 14,8% no mês, de 14,1% em janeiro (Jorge Rosenberg/Reuters)

Desemprego: a taxa de desemprego aberto alcançou 14,8% no mês, de 14,1% em janeiro (Jorge Rosenberg/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2017 às 15h48.

Última atualização em 29 de março de 2017 às 15h51.

São Paulo - A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu de 17,1% em janeiro para 17,9% em fevereiro, o maior nível para o mês desde 2005, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira, 29, pela Fundação Seade e pelo Dieese.

A abertura da pesquisa mostra que a taxa de desemprego aberto alcançou 14,8% no mês, de 14,1% em janeiro. Já o desemprego oculto subiu de 3,0% para 3,1% no período. Desemprego aberto é quando a pessoa procurou trabalho de maneira efetiva nos últimos 30 dias.

Já o oculto pode ser por trabalho precário, quando não há perspectiva de continuidade e previsibilidade, ou por desalento, quando a pessoa deixou de procurar trabalho em função das circunstâncias ruins do mercado.

O contingente de desempregados ficou em 1,982 milhão de pessoas em fevereiro contra 1,883 milhão em janeiro. Segundo o Seade/Dieese, esse resultado decorreu da redução do nível de ocupação (-0,4%) e do aumento da População Economicamente Ativa - PEA (0,5%). O número de ocupados caiu para 9,091 milhões, de 9,130 milhões no mês anterior.

Na divisão por setores, a queda na ocupação foi determinada pela eliminação de 42 mil vagas na Indústria de Transformação (-3,2%) e de 32 mil vagas nos Serviços (-0,6%).

O Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas registrou saldo líquido de empregos positivo no período, com a abertura de 38 mil postos (2,2%), assim como a Construção, com 7 mil novas vagas (1,2%).

Segundo a posição na ocupação, o número de assalariados diminuiu 0,4%. No setor privado, cresceu o assalariamento com e sem carteira de trabalho assinada (0,3% e 0,9%, respectivamente).

Aumentou, ainda, segundo a pesquisa, o contingente de autônomos (1,3%), enquanto diminuiu o de empregados domésticos (-4,6%) e daqueles ocupados no agregado demais posições (-0,3%).

Quanto ao rendimento médio real, que é informado com defasagem pelo Seade/Dieese, houve queda de 3,7% para ocupados entre dezembro e janeiro, para R$ 1.974. A massa de rendimentos reais também teve recuo, de 5,2%.

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