Economia

Desemprego cai pela 7ª vez no trimestre, mas ainda atinge 12 milhões

Nos três meses até outubro, o país tinha 12,351 milhões de desempregados, contra 12,492 milhões no trimestre até setembro

O desemprego no Brasil caiu pela sétima vez no trimestre até outubro e o número de desempregados recuou diante da criação de vagas nas eleições (Reinaldo Canato/VEJA)

O desemprego no Brasil caiu pela sétima vez no trimestre até outubro e o número de desempregados recuou diante da criação de vagas nas eleições (Reinaldo Canato/VEJA)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 10h07.

Última atualização em 29 de novembro de 2018 às 10h29.

São Paulo - A taxa de desemprego do Brasil caiu pela sétima vez no trimestre até outubro e o número de desempregados recuou diante da criação de vagas nas eleições, em uma lenta recuperação do mercado de trabalho ainda marcada pelo desalento.

Nos três meses até outubro a taxa de desemprego brasileira caiu a 11,7 por cento, de 11,9 por cento entre julho e setembro, com geração de vagas em sua maioria informais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

O número apresentado pela Pnad Contínua ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, em um dado favorecido pela criação de vagas relacionadas às eleições, com pessoas ocupadas nas pesquisas eleitorais e campanhas, segundo o IBGE.

Nos três meses até outubro, o país tinha 12,351 milhões de desempregados, contra 12,492 milhões no trimestre até setembro e 12,740 milhões no mesmo período do ano passado.

Nesse período, o número de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga foi a 4,733 milhões, de 4,776 milhões nos três meses até setembro, mostrando que o número de desalentados continua sendo um traço forte do mercado de trabalho brasileiro diante do ritmo lento da economia.

O emprego com carteira assinada, por sua vez, teve queda de 1,1 por cento em relação aos três meses até outubro de 2017, chegando a 32,923 milhões de pessoas.

Ao mesmo tempo, o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado chegou a 11,628 milhões, um aumento de 5,9 por cento sobre o mesmo período do ano passado.

"A desocupação vem em processo de queda e essa tendência é em função da entrada de pessoas trabalhando na informalidade. Os empregados com carteira de trabalho não dão nenhum sinal de aumentar. O que aumenta são os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria", explicou em nota o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

O IBGE informou também que o rendimento médio do trabalhador chegou a 2.230 reais nos três meses até outubro, contra 2.228 reais até setembro e 2.221 reais no mesmo período de 2017.

Em outubro, o Brasil registrou criação líquida de 57.733 vagas formais de emprego segundo dados do Ministério do Trabalho, resultado abaixo da expectativa.

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