Economia

Desemprego aumenta entre negros dos EUA e diminui para brancos

A diferença de desemprego entre americanos negros e brancos vinha diminuindo desde 2011, mas agora atinge maior taxa em uma década

Coronavírus nos EUA: o impacto foi enorme sobre o mercado de trabalho (Foto/AFP)

Coronavírus nos EUA: o impacto foi enorme sobre o mercado de trabalho (Foto/AFP)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 5 de junho de 2020 às 17h24.

Última atualização em 5 de junho de 2020 às 17h39.

A taxa de desemprego entre negros dos Estados Unidos subiu para o maior nível em mais de uma década em maio diante do impacto da pandemia de coronavírus no mercado de trabalho dos Estados Unidos.

A taxa de 16,8% entre negros americanos superou a de brancos, que caiu para 12,4% no mês passado, segundo relatório publicado na sexta-feira pelo Departamento de Trabalho. A taxa mais alta foi entre trabalhadores latinos, 17,6% dos quais relataram estar desempregados.

A diferença entre o nível de desemprego entre americanos negros e brancos vinha diminuindo desde 2011, mas, mesmo na mínima em agosto passado, o desemprego entre negros estava dois pontos percentuais acima da taxa de 3,4% de americanos brancos. A diferença entre as duas taxas aumentou durante a última recessão.

Diferença em pontos percentuais do desemprego entre brancos e negros nos EUA

Diferença em pontos percentuais do desemprego entre brancos e negros nos EUA (Gráfico/Bloomberg)

A desigualdade racial está sob os holofotes nos EUA desde que George Floyd, que estava desarmado, foi morto por um policial branco em Minneapolis, o que desencadeou uma onda de protestos no país.

Os significativos cortes de empregos durante a pandemia deixaram a proporção total de americanos com emprego pouco acima de 50%. Para americanos negros, esse número agora está abaixo de 50%.

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