Para o especialista, a desaceleração no consumo das famílias é explicada pelas medidas de restrição ao crédito e pela alta da inflação (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2011 às 17h55.
Rio de Janeiro - O desempenho da economia brasileira, com expansão de 1,3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, correspondeu às expectativas do mercado e teve uma “composição saudável”. A avaliação é do coordenador da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), Armando Castelar Pinheiro.
De acordo com ele, a recuperação do investimento, que voltou a crescer registrando aumento de 1,2%, depois da alta de 0,4% no quarto trimestre de 2010, e a desaceleração no consumo das famílias, que nos três primeiros meses deste ano teve elevação de 0,6%, representam “um bom resultado”.
“Foi um número bom, que veio dentro das expectativas que variavam entre 1% e 1,5%. A composição desse crescimento foi saudável para o momento atual, com recuperação do investimento, que havia esfriado bastante no último trimestre do ano passado. Por outro lado, o consumo das famílias, que fora muito pujante no fim do ano passado, causando preocupação em relação a seu impacto sobre a inflação, deu uma boa arrefecida”, disse.
Para o economista da FGV, a desaceleração no consumo das famílias pode ser explicada tanto pelas medidas de restrição ao crédito implementadas pelo governo, que o deixaram mais caro, como pela alta da inflação que, segundo ele, já corrói o poder de compra do brasileiro.
Em relação ao mesmo trimestre de 2010, a economia cresceu 4,2%.