Economia

Desempenho da economia brasileira é inferior ao dos EUA

Entretanto, Brasil está a frente de países como Espanha e Portugal


	Brasil tem cenário que atraem poucos investidores
 (Getty Images)

Brasil tem cenário que atraem poucos investidores (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2014 às 09h30.

Rio de Janeiro - O desempenho da economia do Brasil no primeiro trimestre do ano, quando comparado com o mesmo período de 2013 (1,9%) superou o de nações , que ainda tentam se recuperar dos efeitos das turbulências globais, como Espanha (0,6%), Portugal (1,2%) e Itália (-0,5%), mas ficou abaixo do de países sofreram fortemente os estragos da crise de 2008, como os Estados Unidos (2,3%) ou a Grã-Bretanha (3,1%), destacou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

O resultado brasileiro também foi superior ao da Rússia (0,9%), que passa por uma crise com a Ucrânia, e próximo ao do México (1,8%), que atravessa um momento de readequação. "Após a crise de 2008, o México mudou a sua estratégia para depender menos dos EUA e garantir um crescimento estável a longo prazo. O País está abrindo mão de um crescimento maior para ter mais estabilidade no futuro", afirmou Agostini.

No grupo dos Brics, o País ficou atrás da China (7,4%) e Índia (4,6%), mas superou, além da Rússia (0,9%), a África do Sul (1,6%). O levantamento foi elaborado pela Austin Rating, com base em dados do IBGE, dos bancos centrais dos países, da Eurostat (agência estatística da União Europeia), da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e do Banco Mundial. O dado da Índia foi incluído pela reportagem.

Deficiências

A respeito do desempenho brasileiro, Agostini diz que o baixo crescimento sem a influência direta de uma crise mostra que "há um problema crônico, de caráter doméstico". O especialista destaca que o País apresenta um cenário de pouca atração para os investidores, com deficiências estruturais, burocráticas e econômicas. "O Brasil não cresce porque as suas deficiências não são atacadas de forma direta. É preciso aumentar a competitividade", disse.

O ranking mostra ainda que o Brasil cresceu nos três primeiros meses de 2014 na comparação anual menos do que Peru (4,8%), Coreia do Sul (4%), Japão (3%), Chile (2,6%) e Alemanha (2,3%). Já entre as nações que apresentaram desempenho inferior estão França (0,8%) e Grécia (-1,1%).

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEspanhaEstados Unidos (EUA)EuropaItáliaPaíses ricosPiigsPortugal

Mais de Economia

Isenção de IR até R$ 5 mil pode custar R$ 45,8 bilhões aos cofres públicos, calcula Warren

Seguro-desemprego está fora de pacote de corte de gastos, diz ministro do Trabalho

Haddad anunciará isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026 e taxação de super-rico

Isenção do imposto de renda até R$ 5 mil: como é hoje e o que pode mudar